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Jovem mata pais depois de ameaça de internação em clínica

Depois de crime, ele disse que se arrependeu e agiu sob efeito de drogas

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14/10/2015 às 20:13 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:54 - há XX semanas
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Uma semana antes de matar os pais em Sales Oliveira, interior de São Paulo, o jovem Gustavo Ferracine, 28 anos, recebeu alta de uma clínica para tratamento de dependentes químicos onde estava internado. Sônia Roseli Corbacho Ferracine, de 49 anos, e Álvaro Ferracine Filho, de 58 anos, ameaçaram internar o filho de novo porque um dia depois de sair da clínica Gustavo voltou a usar drogas como crack e cocaína.
Foto: Reprodução/EPTV
Durante uma discussão sobre o assunto com os pais no domingo (11), o rapaz esfaqueou e matou os dois dentro de casa. "Ele estava tendo recaídas, e o pai e a mãe disseram que iam interná-lo novamente. Inclusive, na noite em que ocorreu as mortes, os pais disseram que iam ligar para o pessoal da clínica buscá-lo. Ele, como tinha usado droga, ficou com medo de ser internado, pegou as facas e o martelo para se defender", disse ao G1 o delegado Vinícius Marini.
Gustavo matou os pais no quarto do casal, onde os corpos foram achados na manhã da terça-feira. Em depoimento em Ribeirão Preto, onde foi preso, o suspeito disse que estava sob efeito de crack. "Em determinado momento, o pai ofendeu ele dizendo que era drogado, 'noiado', e ele partiu para cima do pai", diz o delegado. O rapaz fugiu com o carro da família e foi preso na terça em um motel na companhia de duas mulheres e um homem, que foram ouvidos e liberados.
Foto: Reprodução/Facebook
Filho único
Gustavo era filho único do casal, com quem aparentava ter uma boa relação. Em 10 de agosto, antes de ser internado na clínica, ele publicou uma foto com a mãe em uma rede social, fazendo declaração de amor. "Mãe, você é aquela que supriu sempre minhas necessidades. É aquela que me deu a vida, amor, cuidado, enxugou minhas lágrimas, corrigiu meus erros, me levantou de meus tombos, me deu conselhos, disse não na hora certa", escreveu.
O delegado conta que a família não tinha histórico de problemas. No depoimento, Gustavo disse que a família era muito unida e que só cometeu o crime porque estava drogado, em um momento de fúria. "Ele falou exatamente isso: que o pai e a mãe nunca levantaram a mão para ele, nunca agrediram ele, nunca tiveram nenhum problema desse tipo. Foi uma discussão de momento, em que ele se sentiu ofendido pelo pai", relata. Preso, o rapaz disse estar arrependido pelo crime e afirmou que acertou a mãe porque ela tentou intervir quando ele atacou o pai. "Eu acabei com a minha vida", lamentou. Os corpos dos pais foram enterrados no fim da tarde de terça, em Sales Oliveira.
Correio24horas

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