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Jovem usa salto alto para ir à escola e causa polêmica

Apesar de centenas de comentários exaltando e incentivando a coragem na atitude de Raufs, nesta sexta-feira o rapaz não foi à aula com um salto ainda maior

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Redação iBahia

03/06/2016 às 12:51 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:10 - há XX semanas
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Um estudante de Cariacica, no Espírito Santo, decidiu enfrentar o preconceito do alto, literalmente. Nesta quinta-feira, Raufs Andreatta colocou nos pés um par de sapatos salto 12 e assim partiu para a sua escola. Lá, foi recebido pelas mais diversas reações. E exibiu sua experiência no Facebook, em um post que, em menos de 24 horas, já conta com quase 1,3 mil compartilhamentos.
“Hoje fui de salto 12 pra escola... Minha escola nova vive fazendo teatrinho sobre ‘aceitar a diversidade’, mas acho que não entenderam o que é isso ainda. Mas gostaria de agradecer aos alunos que bateram palmas e me jogaram elogios. Também queria agradecer aos alunos que gritaram ‘bichinha’, ‘sai daí, viadinho’ e também ‘essa Coca é Fanta!’, escreveu Raufs.
O estudante também se dirigiu a professores e funcionários de sua escola: “Quero agradecer também aos policiais da patrulha escolar que estavam rindo de mim. Quero agradecer à minha querida pedagoga evangélica pelo olhar de desprezo que ela me lançou ao me perguntar se eu ‘estava achando bonito tudo isso’. Quero agradecer também ao vigilante e ao moço que fica lá com ele por dizerem ‘Deus não gosta disso, meu jovem, você vai pro inferno’. Quero agradecer também aos professores que me apoiaram e acharam bonito, principalmente um que disse ‘acho legal esses negócios de viado’.”
Por fim, Raufs mandou seu recado aos homofóbicos de plantão: “Amanhã eu vou com um maior ainda”.Apesar de centenas de comentários exaltando e incentivando a coragem na atitude de Raufs, nesta sexta-feira o rapaz não foi à aula com um salto ainda maior. “Fiz todo o esforço para não envolver o nome da escola no assunto, mas me disseram que eu a expus. Se minha pedagoga, minha coordenadora (a quem respeito muito por ter prestado apoio!), minhas professoras e algumas colegas de estudo podem vir à escola de salto, por que eu não posso?”, questiona Raufs.

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