“Hoje fui de salto 12 pra escola... Minha escola nova vive fazendo teatrinho sobre ‘aceitar a diversidade’, mas acho que não entenderam o que é isso ainda. Mas gostaria de agradecer aos alunos que bateram palmas e me jogaram elogios. Também queria agradecer aos alunos que gritaram ‘bichinha’, ‘sai daí, viadinho’ e também ‘essa Coca é Fanta!’, escreveu Raufs.
O estudante também se dirigiu a professores e funcionários de sua escola: “Quero agradecer também aos policiais da patrulha escolar que estavam rindo de mim. Quero agradecer à minha querida pedagoga evangélica pelo olhar de desprezo que ela me lançou ao me perguntar se eu ‘estava achando bonito tudo isso’. Quero agradecer também ao vigilante e ao moço que fica lá com ele por dizerem ‘Deus não gosta disso, meu jovem, você vai pro inferno’. Quero agradecer também aos professores que me apoiaram e acharam bonito, principalmente um que disse ‘acho legal esses negócios de viado’.”
Por fim, Raufs mandou seu recado aos homofóbicos de plantão: “Amanhã eu vou com um maior ainda”.Apesar de centenas de comentários exaltando e incentivando a coragem na atitude de Raufs, nesta sexta-feira o rapaz não foi à aula com um salto ainda maior. “Fiz todo o esforço para não envolver o nome da escola no assunto, mas me disseram que eu a expus. Se minha pedagoga, minha coordenadora (a quem respeito muito por ter prestado apoio!), minhas professoras e algumas colegas de estudo podem vir à escola de salto, por que eu não posso?”, questiona Raufs.
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Redação iBahia
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