Uma jovem foi estuprada durante uma festa na última sexta-feira, durante a edição anual dos JUCA (Jogos Universitários de Comunicação e Artes), em Sorocaba. Aluna da ECA (Escola de Comunicação e Artes da USP), ela denunciou o ocorrido aos seguranças do local, que detiveram e expulsaram o agressor, estudante do Instituto de Física da USP. A vítima foi levada à delegacia para fazer registro de ocorrência e o fez. Mas foi embora do JUCA e da cidade logo em seguida.De acordo com nota de repúdio publicada no Facebook pela ECAtlética, associação atlética da ECA, esta não é a primeira vez que o rapaz é acusado de cometer um estupro durante um evento universitário. “Não é a primeira vez que o autor do estupro comete tal crime. Pelo menos outras três alunas da ECA também foram vítimas de estupros cometidos por ele na festa “Make Love, Not War” da Escola de Artes Dramáticas (EAD) da ECA, no dia 16/04. Ao ser abordado pelo segurança para ser expulso do evento, Ezequiaz mostrou-se violento e o agrediu, além de alegar ser gay como argumento válido para não ser punido. Só foi expulso, finalmente, com o auxílio de três seguranças”, diz um trecho do texto. Confira na íntegra a nota, assinada por quase 70 entidades universitárias de todo o país.O caso acima é apenas um entre vários denunciados nas redes sociais envolvendo estupros durante os jogos realizados na semana passada. Em outro relato, referente a uma outra festa, realizada na quinta-feira, uma jovem embrigada teve seu órgão genital tocado por um homem, que também teria levado a mão da vítima ao seu pênis. “Eu e minhas amigas ficamos espantadas em perceber que os seguranças não ajudaram a menina por conta própria. Se nós não tivéssemos tido a coragem de intervir na situação (porque sim, ficamos com medo de ao abordar o menino sermos agredidas ou qualquer coisa do tipo) essa menina poderia ter passado por muito pior - e já é um absurdo ter seu órgão invadido por um desconhecido pelo simples fato de se estar bêbada (ou não)”, diz o post.Em um outro relato, uma estudante relembra o que passou na edição de 2015: “Na Festeca do ano passado fui assediada por um cara que achou que, por eu estar bêbada, podia ignorar o meu não. Na festeca desse ano, uma estudante foi estuprada. Na festa da Liga vi um homem tentando forçar uma moça a ficar com ele. E com certeza não foi o único. Essa semana está triste para nós todas mas vamos juntas. Pela estudante da eca, pela moça no Rio, por mim. Por todas nós!”Já em outro post, uma jovem chama atenção para uma série de pequenos assédios que presenciou durante o JUCA: “Eu vi muitas meninas serem tocadas de uma forma que não queriam, e mesmo demonstrando isso claramente, não foram respeitadas. Eu ouvi os comentários mais machistas possíveis sobre como tratar mulheres como objetos. Eu vi caras forçando a barra mesmo quando as meninas diziam NÃO. Porque é tão difícil aceitar um não? Além disso, não faltaram as tradicionais "piadas" homofóbicas”.
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Redação iBahia
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