Os manifestantes exibiam faixas em inglês e português e cantavam músicas criticando os gastos excessivos com a Copa do Mundo e a ausência de investimento na saúde e na educação. Na saída da seleção brasileira, os professores cercaram o ônibus e colaram adesivos que fazem alusão à greve dos educadores, iniciada no dia 12. Mais de dez carros da Polícia Militar (PM) e do Batalhão de Choque da corporação acompanharam a manifestação. A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, Vera Nepomuceno, disse que os professores de Bangu, na zona oeste, tiveram de ir até a Ilha do Governador de transporte público porque a Polícia Militar apreendeu as vans que fariam o transporte dos educadores.
“Saímos e fomos interceptados por carros da Polícia Militar. Tinham policiais com armamentos pesados. Eles disseram que estávamos sendo interceptados porque estávamos em atitude suspeita. Os carros foram para o depósito da prefeitura. As vans estavam com toda a documentação”, explicou. De acordo com a diretora, os professores continuam reivindicando a criação de um plano de carreira unificado, o fim da terceirização, a não privatização da saúde, 30 horas para funcionários administrativos, eleição direta para diretores, uma matrícula em uma escola, entre outros. “Não somos contra os atletas. Não somos contra o evento. Queremos que o governo tenha tanto compromisso com a educação quanto ele tem com as empresas que estão construindo os estádios”, completou.
A Polícia Militar informou, em nota, que duas vans de transporte alternativo foram apreendidas transportando professores. Os veículos estavam com a documentação irregular e só foram impedidas de continuar por esse motivo. As pessoas que seguiam viagem foram liberadas.
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