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Marido recebe licença maternidade após morte de esposa

Caso é o primeiro na empresa e na base do INSS da cidade paulista de Marília

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07/08/2015 às 10:52 • Atualizada em 01/09/2022 às 4:54 - há XX semanas
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Gledson Pereira da Fonseca terá direito a licença maternidade que era de sua esposa. Keila Quintiliano morreu no dia 27 de junho, após dar à luz ao casal Maria Luiza e Samuel.
O parto dos bebês, que seguem internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal de Marília, foi feito às pressas. "Fomos pro hospital porque ela estava sentindo falta de ar. Quando chegamos lá foi descoberto um edema agudo no pulmão. Em seguida ela teve uma parada cardiorrespiratória, aí tiveram que fazer o parto imediatamente, com 36 semanas de gestação", lembra Gledson. Keila morreu seis horas depois, sem conhecer os filhos, disse em entrevista ao G1 Bauru e Marília. Depois da morte da esposa, a empresa onde Gledson trabalha como supervisor de operações de máquinas agrícolas entrou com um pedido no INSS para conceder a ele a licença maternidade. O pedido foi feito com base no artigo 392-B da lei 12.873, de 24 de outubro de 2013. Segundo Gledson, o caso dele é o primeiro na empresa e na base do INSS de Marília. A licença dá direito a quatro meses de afastamento, mas a empresa ofereceu mais dois meses, devido a um programa de cidadania. Após os seis meses da licença, o supervisor vai entrar de férias. Ao total, serão sete meses sem trabalhar, tempo que poderá aproveitar integralmente os filhos. “Neste período vou fazer o que minha esposa faria. Dar de mamar, cuidar e estabelecer um contato mais intenso com eles", disse durante a entrevista. Keila teve dificuldades para engravidar e ela foi submetida ao um tratamento de com inserção de hormônios. Foram quatro anos até que ela conseguisse engravidar. Agora, diariamente, Gledson visita os filhos na UTI das 13h30 às 14h, e das 16h às 18h, quando ele e sua mãe, ou ele e a sogra, podem entrar na UTI e pegar os bebês no colo. De acordo com o pai, os bebês estão bem. “Maria Luiza já está no berço. Ainda tem dificuldades para engolir a saliva, mas já respira sem a ajuda de aparelhos. Samuel também já respira sozinho, mas ainda está nos últimos dias de incubadora. O carinho da equipe coordenada pela Dra Daniele Garbelini é imenso. Estou me sentindo em casa. Sinto que eles tem várias mães lá dentro”, revelou. Com informações do G1 Bauru e Marília.

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