O compositor Paulinho Tapajós, autor de sucessos da música popular brasileira da chamada “era dos festivais”, morreu nesta sexta-feira (25), aos 68 anos, no Rio de Janeiro. O músico sofria há seis anos de câncer e estava internado no Hospital TotalCor, em Ipanema, na zona sul da cidade. Segundo parentes, o velório será neste sábado (26), a partir das 9h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde ocorrerá o sepultamento, às 14h.
O carioca Paulo Tapajós Gomes Filho era filho do compositor, cantor e radialista Paulo Tapajós (1913-1990), que foi nos anos 1940 e 1950 diretor artístico da Rádio Nacional. Também eram músicos os irmãos de Paulinho, o compositor Mauricio Tapajós (1943-1995) e a cantora Dorinha Tapajós (1950-1989). Durante a infância, Paulinho frequentava o auditório da Nacional, na Praça Mauá, convivendo com artistas como Emilinha Borba, Marlene e Radamés Gnatalli, entre outros. Foi por meio do pai que recebeu as primeiras noções de música. Na adolescência, estudou violão com Léo Soares e Arthur Verocai, que veio a ser seu primeiro parceiro, e mais tarde, aprofundou a técnica com Almir Chediak. Entre 1968 e 1970, Paulinho Tapajós foi um dos mais premiados compositores nos festivais que mobilizavam o país na época. No 3º Festival Internacional da Canção (FIC), obteve o terceiro lugar com Andança, composta em parceria com Edmundo Souto e Danilo Caymmi e defendida pela cantora Beth Carvalho. A canção contabiliza hoje quase 300 gravações, superando outro sucesso do compositor, Cantiga por Luciana, vencedora do 4º FIC, em 1969, e hoje com mais de 100 gravações em todo o mundo. Paulinho Tapajós era também produtor musical, escritor e arquiteto, formado em 1971 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Compôs temas para novelas, entre eles Irmãos Coragem, em parceria com Nonato Buzar (1970). Entre 1987 e 1992, foi diretor da União Brasileira de Compositores (UBC).
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