As mulheres infectadas com o vírus Zika devem continuar a amamentar seus bebês, já que não há provas sobre risco de transmissão. A recomendação foi feita hoje (25) pela Organização Mundial de Saúde (OMS).“Considerando as provas existentes, os benefícios do aleitamento materno para a criança e para a mãe ultrapassam qualquer risco de transmissão do vírus Zika através do leite materno”, considerou a OMS nas recomendações dirigidas às autoridades dos países afetados pela epidemia.O vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, pode provocar a microcefalia – malformação do crânio que prejudica o desenvolvimento intelectual – quando a mãe é infectada pelo vírus durante a gestação, além da Síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica que pode causar paralisia irreversível e morte.A OMS lembrou que o vírus foi detectado no leite materno de duas mães contaminadas, mas esclareceu que “não há atualmente qualquer prova de uma transmissão de Zika para crianças através do aleitamento materno”.A epidemia de Zika, que avança principalmente na América Latina, “pode piorar antes de melhorar”, alertou na quarta-feira (24) no Rio de Janeiro a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.A agência especializada em saúde das Nações Unidas estima uma propagação explosiva no continente americano, com 3 a 4 milhões de casos este ano. Atualmente, não existe vacina.
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