Um padre congolês, identificado como Quentin Venceslas Kolela está desaparecido desde o dia 3 de julho. Ele atuava na Paróquia São Judas Tadeu, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo.
De acordo com o g1, alguns colegas do padre afirmam que ele contou ter sido assediado e destratado pela Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas), da qual ele fazia parte. Ele também teria sofrido preconceito por ser estrangeiro sendo, segundo os párocos, a principal motivação da saída do padre.
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Apesar de Quentin Venceslas ter avisado, por mensagem de texto que deixaria o grupo, ter levado grande parte dos pertences, o líder da congregação registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento do padre.
Em nota enviada ao g1 pela Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas)sobre a acusação dos párocos, é dito que a instituição "não tem nenhum conhecimento sobre tais fatos". Por outro lado, a Arquidiocese de SP disse que está em diálogo "para compreender o que, de fato, ocorreu com o Sacerdote".
No dia 15 deste mês, a Paróquia São Judas Tadeu publicou nas redes sociais sobre o desaparecimento de Kolela.
No texto, a igreja pede que pistas do paradeiro sejam repassadas à Polícia Militar e não informa que ele avisou, por mensagem, que estava deixando a congregação.
O que dizem a Congregação e a Paróquia São Judas Tatuapé?
Ao g1, o líder dos Assuncionistas, padre Gonzaga afirmou ter registrado o desaparecimento de Kolela porque espera novo contato do padre após a saída dele.
Ainda segundo Gonzaga, em conversa com um delegado amigo dele, surgiu a suspeito de não ter sido Kolela o verdadeiro autor da mensagem de despedida.
O líder declarou também que a preocupação é com o bem-estar de Kolela, que o o visto de residência no Brasil intermediado pela Congregação dos Agostinianos da Assunção, e que ele precisa comunicar formalmente sua saída da ordem, se for o caso.
"Queremos que o encontrem bem. Se ele não quiser voltar pra ordem, não tem problema, mas que dê uma satisfação, que consiste em uma carta pedindo desligamento. Essa carta é enviada para Roma, que vai olhar o pedido de saída dele. É assim que funciona", disse Gonzaga.
O que dizem as autoridades?
Também ao g1, a Polícia Civil do Rio de Janeiro disse que "o caso foi registrado na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) e encaminhado à Polícia Civil do Estado de São Paulo, que dará seguimento às investigações".
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que não localizou nenhum registro do desaparecimento de Kolela em seu sistema.
Questionada sobre a resposta da polícia paulista, a Polícia Civil do Rio de Janeiro declarou, nesta sexta (22), que, "de acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), a cópia do procedimento foi enviada por meio digital (e-mail) para a Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, no mesmo dia da confecção do registro de desaparecimento na DDPA. O documento físico está em trâmite para a Polícia Civil daquele estado".
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Redação iBahia
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