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BRASIL

Pesquisa: classes A e B se incomodam com ascensão da classe C

Os dados são de um levantamento do instituto Data Popular, publicados no portal iG

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12/09/2012 às 15:46 • Atualizada em 28/08/2022 às 16:03 - há XX semanas
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Quem acompanha a novela 'Avenida Brasil', sabe que a socialite Verônica (Débora Bloch), uma das três esposas de Cadinho (Alexandre Borges), tem horror aos "suburbanos" do Divino e ficou inconformada ao saber que Monalisa (Heloísa Perissé) comprou um apartamento no mesmo prédio em que mora. Publicada no portal iG, uma pesquisa do instituto Data Popular realizada durante o primeiro semestre revelou que existem muitas Verônicas espalhadas pelo Brasil, incomodadas com a ascensão econômica da classe C. O estudo, feito em todo o país com 15 mil pessoas das classes mais abastadas, mostrou que 55,3% dos consumidores do topo da pirâmide social acreditam que deveria haver versões dos produtos para rico e para pobre. Dos entrevistados, 49,7% têm preferência por ambientes frequentados por pessoas do mesmo nível social, 26% afirmam que um metrô traria "gente indesejada" para a região onde reside, 16,5% acreditam que pessoas mal vestidas deveriam ser barradas em determinados lugares e 48,4% dizem que a qualidade dos serviços piorou com o acesso da população, segundo a publicação.
Classe C tem aquecido a economia do país
"Nos últimos anos, a classe C 'invadiu' shoppings, aeroportos e outros lugares aos quais não tinha acesso. Como é uma coisa nova, a classe AB ainda está aprendendo a conviver com isso. "Parte da elite se incomoda, sim", afirmou Renato Meirelles, diretor do Data Popular, de acordo com o portal iG. Segundo ele, a elite vivia e comprava em um "mundinho" só dela durante anos. A pesquisa revelou também que, curiosamente, mais da metade dos entrevistados não acha que pertence às classes mais favorecidas. De acordo com o levantamento, 55% da classe AB acha que pertence à classe média (ou C) e um terço acredita ser um "consumidor de baixa renda". "Ao responder a pesquisa, eles diziam que precisam pagar colégio e convênio de saúde particular para três filhos e viagem para a Disney todo ano, não sobrava dinheiro para quase nada, logo não poderiam ser chamados de classe AB", disse Meirelles, segundo a publicação. Na Bahia, a classe C é responsável por 43,3% do consumo do estado e representa a metade dos domicílios, segundo mostrou um levantamento realizado pela Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência. A classe A representa apenas 1,5% dos domicílios urbanos do estado e as famílias destinam 34% da renda para a aquisição de produtos e serviços contemplados pelo estudo. Já a classe B baiana mora em 14,4% dos domicílios e sua receita de compra dos produtos contemplados na pesquisa tem participação de 49,4% de todo o estado.

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