A Polícia Federal (PF) solicitou ao WhatsApp que informe os números de telefone que dispararam mensagens em massa por meio do aplicativo no período eleitoral. Além dos contatos, os investigadores pediram que a empresa envie as mensagens tanto positivas quanto negativas disseminadas sobre os candidatos à Presidência. Os dados ainda não foram disponibilizados, segundo envolvidos nas apurações. A informação foi publicada pela "Folha de S.Paulo" e confirmada pelo jornal 'O Globo'.
O inquérito foi aberto no último sábado a pedido do ministro da Justiça, Raul Jungamann, que atendeu a solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O foco da investigação é apurar a divulgação massiva de notícias supostamente financiadas por empresas privadas em relação aos candidatos à Presidência, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).
A investigação vai apurar não só a divulgação de fake news, mas a sistemática estruturada de disseminação de notícias em massa via WhatsApp e por outras redes sociais supostamente financiadas por empresas privadas. Com isso, a divulgação em massa de informações verídicas pagas com financiamento privado também está no radar dos investigadores. Desde 2015 as campanhas não podem mais receber doações eleitorais por meio de empresas.
Fontes da PF, no entanto, não estão otimistas sobre o resultado das apurações, que tem prazo de 30 dias para serem finalizadas, podendo ser prorrogadas. Envolvidos no inquérito relataram que, como não há uma mensagem inicial ou mensagens iniciais que deram origem aos fatos, é difícil chegar ao autor do suposto crime.
Procurado, o WhatsApp disse por meio de nota que "regularmente responde às autoridades no Brasil e continuará a tomar ações apropriadas para prevenir que usuários recebam mensagens indesejadas e automatizadas”. Informou ainda que "baniu proativamente centenas de milhares de contas por spam durante o período de eleições no Brasil".
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Redação iBahia
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