Em nota divulgada nesta sexta-feira (14), a Polícia Civil de Goiás confirma ter recebido o mandado expedido pelo juiz Fernando Chacha para a prisão preventiva do médium João de Deus, mas afirma que ainda não conseguiu localizar o líder espiritual para cumprir a ordem judicial.
Desde que a notícia da prisão foi confirmada pelas autoridades, no início da tarde, equipes de polícia vasculham propriedades de João de Deus em Abadiânia e Anápolis para tentar localizá-lo. As diligências realizadas até agora não surtiram resultado. A polícia, no entanto, afirma que João de Deus só poderá ser considerado foragido se não for localizado ou não se entregar até as 18h (horário de Brasília).
“Informamos que o mandado de prisão preventiva representado pela Polícia Civil de Goiás em desfavor de João Teixeira de Faria, mais conhecido como 'João de Deus', foi deferido pelo Poder Judiciário nesta sexta-feira (14). Neste momento, a PCGO se empenha em dar cumprimento à referida determinação judicial”, diz o comunicado.
Por causa das buscas ao líder espiritual, a polícia cancelou uma coletiva de imprensa que seria realizada nesta tarde.
Defesa reclama cópia de depoimentos
A defesa do médium João de Deus divulgou uma nota às 15h desta sexta-feira. Assinada pelos advogados Alberto Zacharias Toron e Luisa Moraes Abreu Ferreira, o texto diz que o decreto de prisão preventiva é "inaceitável".
"Na última segunda-feira, estivemos no MP estadual em Goiânia para obter cópias dos depoimentos prestados pelas vítimas e amplamente noticiados pela imprensa. O pedido foi negado sob o argumento da preservação do sigilo. Estranhamente, nos disseram que o processo fora encaminhado de Abadiânia para Goiânia a fim de que o MP tomasse ciência da decisão", diz a nota.
A defesa afirma ainda que "ninguém se preocupou em disponibilizar uma simples cópia da decisão para a defesa". E completa:
"É inaceitável a utilização de pretextos e artifícios para se impedir o exercício do direito de defesa. Sobretudo no que diz com o direito básico de se aferir a legalidade da decisão mediante a impetração de habeas corpus. Até mesmo o número do processo não se disponibiliza à defesa. Que a autoridade judiciária queira impor a preventiva, embora possamos discordar, é compreensível, mas negar acesso aos autos chega a ser assombroso".
Equipes da Polícia Civil fazem buscas em Abadiânia e Anápolis neste momento para tentar prender João de Deus.
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Redação iBahia
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