A Polícia Militar e agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE) invadiram a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal (RN), para retomar o controle do local após os detentos iniciarem uma nova rebelião.
No final de semana, pelo menos 26 detentos foram mortos durante uma briga entre facções, mas o Governo do Rio Grande do Norte suspeita que mais corpos possam estar escondidos. Nesta segunda-feira (16), os detentos que se rebelaram foram para o telhado de um pavilhão da penitenciária com paus, pedras e até bandeiras das facções.
Segundo informações do portal "G1", os presos desceram dos telhados. Antes, porém, foi possível ouvir tiros dentro do presídio. A assessoria de comunicação da PM não informou o número total do efetivo disponibilizado para a operação, mas há informações de pelo menos 200 agentes envolvidos.
Os técnicos da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) estão desde às 11h aguardando a retomada do controle do presídio para fazer a verificação de fossas e tentar encontrar possíveis novos corpos. "Nesta segunda-feira (16) está em andamento uma operação no presídio, com GOE, Choque e Bope, além do apoio de outros órgãos, para a realização de um pente fino no presídio, com o objetivo de manter a ordem e identificar se há outros mortos", informou o governo por meio de nota.
Frigorífico
Ontem mesmo, o Itep já tinha sido autorizado a alugar um contêiner frigorífico para armazenar os corpos encontrados em Alcaçuz. Embora o instituto disponha de duas câmaras frias com capacidade para abrigar entre 20 e 30 corpos em cada uma delas e receba, em média, cinco corpos diariamente, a diretoria do Itep decidiu agir preventivamente para garantir que não falte espaço, caso o total de detentos mortos seja maior que as primeiras informações divulgadas. O valor do aluguel do contêiner não foi informado.
Outra rebelião
Detentos do Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, em Natal, também fizeram uma rebelião na manhã desta segunda-feira. A rebelião começou por volta das 3h e não há informações sobre o número de mortos.
De acordo com o diretor Alexandro Coutinho, cinco agentes carcerários faziam a guarda quando o motim teve início. Os detentos ameaçavam invadir o pavilhão dois, onde ficam encarcerados os presos com bom comportamento e que ajudam nos serviços gerais. A rebelião, porém foi controlada ainda na manhã de hoje pelo Grupo de Operações Especiais.
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Redação iBahia
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