Uma professora da Secretaria Municipal de Educação de Teresópolis, na Região Serrana, foi advertida após publicar ofensas a nordestinos no Twitter. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, a colaboradora do Programa Operação Trabalho (POT) deve ter sua demissão oficializada nos próximos dias "por problemas de enquadramento no POT".
Os comentários da professora geraram revolta nas redes sociais, onde recebeu uma enxurrada de críticas por sua atitude. No final de agosto, ela compartilhou uma notícia sobre o Ceará e ofendeu, de forma geral, as pessoas que nasceram na região Nordeste.
A jornalista Camila Soares, de 25 anos, tomou a iniciativa de alertar a Prefeitura de Teresópolis sobre o que a professora estava publicando na rede social. Assim que viu o post, não imaginou que fosse algo sério, pois pensou que pudesse ter sido um comentário irônico. No entanto, ao ler outras publicações, com ofensas a não apenas nordestinos, mas também a gays e lésbicas, Camila viu que era preciso denunciar a autora daquelas mensagens.
— Respondi ao tuíte dela sobre os nordestinos, afirmando que eu a denunciaria. Ela disse que eu podia denunciar, que poderia falar mal dela para quem quer que fosse, que ela tinha uma conta reserva (no Twitter) e continuou falando mal do meu povo — contou ao EXTRA a moradora de Fortaleza.
Pouco tempo depois, porém, a internauta começou a enviar pedidos de desculpas "a cada uma das pessoas que se sentiram ofendidas". Isso não foi suficiente para fazer Camila mudar de ideia sobre denunciar a autora das ofensas.
— Depois de pedir desculpas, ela me bloqueou e excluiu os outros perfis nas redes sociais — afirmou Camila. — Eu fico profundamente triste quando leio esse tipo de coisa. Sou uma pessoa que defende a cultura nordestina. É esperado que todo período eleitoral a gente ouça comentários assim, mas não podemos deixar essas piadinhas com nossos costumes para lá. A gente dá um duro tão grande, também construímos esse país. É muito chato ouvir que somos alienados. Nem acho que demitir resolva o problema, porque uma medida mais reparadora, como uma semana de trabalhos sobre a cultura nordestina, seria mais eficaz.
No Facebook da professora, constava a informação que ela trabalhava na Secretaria de Educação de Teresópolis. Ao ser notificada por e-mail, a pasta advtertiu a professora do Programa Operação Trabalho (POT).
"Seu desligamento do programa está para ser oficializado nos próximos dias, por problemas de enquadramento no POT", disse a prefeitura em nota.
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Redação iBahia
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