Após se reunir em Fortaleza, o diretório nacional do PT aprovou, neste sábado (29), um documento que prevê a expulsão de qualquer filiado envolvido comprovadamente em escândalos de corrupção. O texto não prevê em que momento isso deve ocorrer. A versão original estabelecia que a expulsão seria imediata, mas essa penalidade foi retirada da versão final. “Manifestamos a disposição firme e inabalável de apoiar o combate à corrupção. Qualquer filiado que tiver, de forma comprovada, participado de corrupção, deve ser expulso”, diz trecho do texto. O documento foi proposto pela Mensagem, uma das correntes interna do PT, na sexta- feira (28), e aprovado por consenso pelo diretório. A expulsão imediata foi excluída da versão final para permitir o direito de defesa, segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão. De acordo com o político, os petistas citados na Operação Lava Jato, que apura os desvios na Petrobras, sofrerão as penalidades previstas no documento aprovado pelo diretório, desde que haja provas concretas contra eles. “Concluídas as investigações, se houver alguém, comprovadamente, envolvido em caso de corrupção, de forma documentada, essas pessoas não ficarão no PT”, afirmou. Falcão contou ter ido duas vezes ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, acesso aos trechos do processo que se referem ao PT. No documento, o partido diz apoiar o prosseguimento das investigações na Petrobras, mas “dentro dos marcos legais” e desde que “não se preste a ser instrumentalizada, de forma fraudulenta, por objetivos partidários”. O encontro reuniu a cúpula do partido por dois dias para fazer um balanço das eleições e discutir as estratégias a partir de 2015.
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