Até o próximo dia 21, a população do Recife poderá imunizar cães e gatos com a vacina antirrábica, em dez pontos da cidade. A medida foi tomada pela Secretaria de Saúde do município depois de confirmada, no início da semana, a morte de uma proprietária de pet shop, na capital pernambucana, mordida por um gato de rua. O órgão relatou que este foi o primeiro caso em 19 anos, na cidade.
A vítima, A.V.S., de 36 anos, foi atendida no Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (Huoc/UPE), mas os exames laboratoriais de confirmação da doença foram feitos em São Paulo. Ao chegar na unidade, o hospital informou que a paciente estava em “estado muito grave” e “com alto risco de morte”. Outra nota enviada pelo Huoc confirmou a raiva humana como a causa da morte da mulher, ocorrida no dia 29 de junho.
Antes de dar entrada no Huoc, a paciente chegou a ser atendida no Hospital Agamenon Magalhães. Segundo as assessorias das secretarias de Saúde estadual e da capital, a mulher teria demorado na busca pelo atendimento e no relato de que havia sido mordida pelo animal. Além disso, não procurou tomar a vacina após o acontecido. Quando surgiu a suspeita de raiva humana, no primeiro hospital, ela foi encaminhada ao hospital universitário.
Imunização de animais
Um bloqueio sanitário vem sendo realizado desde o dia 28 de junho, por agentes da Vigilância Ambiental, conforme informou a Secretaria de Saúde do Recife. A delimitação do bloqueio obedece a um raio de cinco quilômetros, partindo de onde o gato que mordeu a vítima circulava. A pasta também informou que, até o último domingo (2), 1.182 animais haviam sido vacinados pelas equipes em visitas domiciliares. Além disso, mais 2.103 foram imunizados nos postos oferecidos pela prefeitura, no último sábado (1º), durante o Segundo Dia D da Campanha Antirrábica Animal.
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas da raiva humana variam de acordo com o avanço da incubação infecciosa. A pessoa mordida por um animal infectado (cães, gatos ou morcegos) pode sentir mal-estar geral, febre, anorexia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.
Devido ao período de incubação da infecção – que varia a depender do organismo do paciente ou do tipo de animal que mordeu –, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente e relatar a mordida ao agente de saúde.
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Redação iBahia
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