Partes da América do Sul, da Europa, do oeste e do centro da África enfrentam a ameaça de surtos de dengue por conta das mudanças climáticas e maior urbanização, de acordo com os primeiros mapas da vulnerabilidade à doença divulgados pela Universidade das Nações Unidas. De acordo com os pesquisadores, à medida que o planeta aquece, a dengue pode alcançar grandes porções da Europa e regiões montanhosas da América do Sul, áreas então muito frias para abrigar o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, durante o ano inteiro. A previsão é que a doença também se espalhe pelas regiões central e ocidental do continente africano, onde o saneamento básico e o serviço de saúde são insuficientes.
Os novos mapas ilustram a expansão e a contração da vulnerabilidade à dengue durante o ano, mostrando os locais críticos e onde o vírus pode se tornar perigoso. Assim, os países poderiam fazer o monitoramento. Embora os mapas não tenham sido feitos para prevenir surtos, se os mosquitos e o vírus chegam em áreas vulneráveis, a dengue pode se tornar endêmica nesse lugar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente, a dengue mata um número estimado de 20 mil pessoas por ano e infecta até cem milhões. No entanto, alguns especialistas afirmam que o número de pessoas infectadas por ano pode ser mais de três vezes a estimativa da OMS.
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