A presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármem Lúcia, disse neste domingo (28) que não há riscos de que uma possível interrupção de energia atrapalhe o andamento do segundo turno das eleições municipais. Nos últimos dias, o país passou por vários episódios de falta de energia em diferentes regiões. O TSE tem um grupo que monitora a situação em todo o país, com representantes do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), segundo Cármen Lúcia. As urnas eletrônicas têm baterias com autonomia de até 12 horas sem recarga, ou seja, mesmo em caso de falta de energia, não param de funcionar. Os tribunais regionais eleitorais (TREs) também têm condições de garantir a transmissão dos dados em caso de queda de eletricidade. “Mesmo que caia, nosso problema é só não gerar nenhum tipo de insegurança para o mesário, para o juiz principalmente, para o TRE, para todo mundo trabalhar com tranquilidade”, disse a ministra em rápida entrevista no centro de divulgação, montado na sede do tribunal. Cármen Lúcia disse que a votação está ocorrendo com tranquilidade nos 50 municípios em que os eleitores voltaram às urnas hoje e que o número de ocorrências policiais está dentro das expectativas e não compromete o quadro geral do pleito em todo o Brasil, mesmo no Rio de Janeiro, que registra o maior número de prisões. “São ocorrências normais. Lá são sete municípios (com segundo turno). Não tem nada absolutamente de anormal. Eu já conversei hoje duas vezes com todos os presidentes de todos os TREs dos 20 estados, conversei com os diretores, com vários juízes. Não tem nada. Uma ou outra ocorrência”, disse. Até o balanço mais recente, de 12h, o TSE registrou 120 ocorrências policiais em todo o país, 11 delas resultaram em prisões. Os números se referem a ocorrências ligadas a questões eleitorais, como eleitores que fazem boca de urna ou que insistem em fotografar o voto – condutas proibidas. Segundo o TSE, a maior parte das prisões ocorreu no estado do Rio de Janeiro. Foram nove eleitores presos por praticar boca de urna. O maior número de ocorrências sem prisões ocorreu em Minas Gerais, onde foram registrados 41 casos. Todos os casos são relacionados a divulgação de propaganda eleitoral. A Bahia teve 32 ocorrências também sem nenhuma prisão, a maior parte delas por boca de urna. A presidenta voltou a afirmar hoje que o TSE deve terminar de julgar os recursos sobre registros de candidatura, inclusive de fichas sujas, até dezembro, quando ocorre a diplomação dos eleitos. “A prioridade do tribunal é julgar tudo antes da diplomação. Devem ter pendentes aqui aproximadamente dois mil processos. O que não é muito, na sessão de quinta-feira, por exemplo, eu liberei 400 decisões”, ponderou. Ao todo, 31,7 milhões de brasileiros estão votando hoje nos 50 municípios onde ocorre segundo turno.
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