A prefeitura de Santo André confirmou a primeira morte por febre amarela no município. A paciente. De 28 anos, que estava internada em um hospital particular, morreu ontem (16). Ela havia viajado recentemente para Capitólio, em Minas Gerais, e, ao voltar, desenvolveu a doença. Diante disso, a Gerência de Controle de Zoonoses bloqueou nove quarteirões nas proximidades do local onde a paciente esteve internada.
Na área interditada, foi feita a nebulização, que ocorre sempre que um caso é confirmado, a fim de combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A orientação é da Superintendência de Controle de Endemias. Há outros casos de suspeita da doença na cidade, todos importados, um dos quais confirmado. Trata-se de um homem de 57 anos, morador do Bairro Alto de Santo André, que viajou recentemente para Santa Maria do Suaçuí, em Minas Gerais, e foi atendido em São Paulo.
Uma mulher de 29 anos, moradora de Diadema, que esteve recentemente no Paraguai, em Marília, no Pantanal e no interior de São Paulo. Foi atendida em Santo André e teve a doença descartada. Ainda está sendo investigado o caso de uma mulher de 70 anos, moradora do Condomínio Maracanã que viajou para Montes Claros, em Minas Gerais.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em 2017 foram confirmadas no estado duas mortes por febre amarela silvestre autóctone. Cinco mortes, com a doença importada (quando a infecção ocorre fora do estado), foram confirmadas em Minas Gerais. Ainda estão em análise 17 casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre. Dessas, apenas cinco são do interior do estado. As outras têm histórico de deslocamentos para Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Morte de macacos
A morte de macacos infectados por febre amarela preocupa parte dos municípios do interior paulista. Desde o final do ano passado, sete macacos foram encontrados mortos em São Paulo: um em São Roque, dois em São José do Rio Preto, três em Catanduva e um em Ribeirão Preto. Em regiões de mata, alguns macacos são hospedeiros da febre amarela silvestre. O perigo para os humanos é que espécies silvestres do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, podem ser infectadas por macacos e acabam transmitindo o vírus para as pessoas.
Em São Roque, o macaco encontrado morto estava infectado pela febre amarela. São Roque terá, neste fim de semana, uma ação intensiva de prevenção contra a febre amarela na área rural. Serão vacinados os moradores do bairro do Caetê e do bairro do Carmo. Dez mil doses da vacina foram reservadas para a região.
Em Catanduva, três macacos encontrados mortos no ano passado tinham febre amarela. Este ano, mais três macacos foram achados mortos, mas ainda não há confirmação se foi pela doença. Na sexta-feira (10): um macaco foi encontrado morto no bairro Pedro Nechar, em Catanduva, e recolhido ao Centro de Controle de Zoonoses.
Em São José do Rio Preto, dois macacos morreram de febre amarela, um no último dia 23 e outro no ano passado. No total, foram encontrados 16 macacos mortos na cidade no ano passado. Um teve confirmação para a doença, seis foram descartados e, em nove casos, não foi possível fazer o exame por causa do estado de decomposição dos animais.
Em Ribeirão Preto, um macaco morreu em outubro com febre amarela. Este ano, 37 primatas mortos foram recolhidos por agentes da vigilância epidemiológica, necropsiados e encaminhados à instituição. Um caso foi descartado e o restante está em análise. A última divulgação da Secretaria Estadual da Saúde informa a morte de duas pessoas por febre amarela silvestre autóctone este ano. Cinco mortes confirmadas são de casos importados.
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Redação iBahia
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