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Suspeito tinha tatuagem de machadinha |
Um rapaz de 23 anos foi preso, na quarta-feira (3), acusado de assassinar seis pessoas e ferir gravemente mais uma outra pessoa em Mogi das Cruzes. Cinco vítimas foram decapitadas - entre elas está uma menina de apenas 4 anos. O segurança Jhonatan Lopes de Santana foi detido em casa pela Polícia Militar, confessou os crimes e disse que foi motivado por “um pacto com o diabo” para matar 31 moradores de rua.Segundo o delegado da cidade, Marcos Batalha, o criminoso se inspirava no grupo extremista Estado Islâmico e assistia vídeos na internet de decapitação. Ele atacava com golpes de machado na cabeça, e depois decapitava as vítimas. Dos alvos de Jhonatan, quatro morreram entre a noite da terça-feira (2) e a manhã de quarta-feira (3).O primeiro ataque aconteceu por volta das 20h30, contra Kelly Caldeira da Silva, 4 anos. Na manhã seguinte, o morador de rua Carlos César de Araújo, 34 anos, foi decapitado por volta das 6h. Cerca de 15 minutos depois Maria Aparecida do Nascimento, 46 anos, foi surpreendida enquanto fazia uma caminhada. Em seguida, Maria do Rosário Amaral, 59, que estava a caminho do trabalho, também foi atacada. As duas também tiveram as cabeças arrancadas. “Elas não eram moradoras de rua, mas o assassino pensou que sim”, afirma o delegado.“As pessoas foram atacadas quando estavam dormindo ou distraídas”, disse Batalha. Segundo ele, as vítimas não eram escolhidas pelo assassino premeditadamente.Ainda segundo a polícia, uma prima do segurança denunciou que o filho dela de 3 anos foi atacado pelo jovem, no sábado (29).De acordo com a moça, Jhonatan tentou enforcar a criança. "Eu não entendo de onde saiu toda essa violência", disse a dona de casa Marta Jakobiu, em entrevista ao G1 Mogi das Cruzes. Marta conhece a família do suspeito, que convivia com a dela desde que ele tinha 2 anos. "Ele sempre foi muito educado. Se fosse um menino problemático, até esperaríamos este tipo de atitude, mas não. O que nos deixa mais chocados é que ele é de uma boa família, muito bem educado”, comentou a dona de casa.
Maria do Rosário estava a caminho do trabalho |
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PrisãoO segurança de 23 anos foi preso após a denúncia de uma testemunha, que viu o veículo que ele usava para fugir após atacar as vítimas, anotou a placa do carro e ligou para a polícia. No veículo havia marcas de sangue. Inicialmente, Jhonatan tentou resistir à prisão, mas acabou confessando tudo quando roupas com marcas de sangue também foram encontradas."Estava indo trabalhar, quando cheguei perto vi os braços se agitando, achei que ele estava mexendo em um dos carros estacionados", disse a testemunha de um dos crimes, em entrevista ao G1 Mogi das Cruzes. Ela preferiu não se identificar."Quando cheguei perto vi ele terminando de arrancar a cabeça dela. Fui pra cima dele. Ele disse para eu sair fora e me mostrou a machadinha. Fui para trás ele entrou no carro verde e saiu. Corri para anotar a placa", relatou.