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Sobras de celulose viram fonte de renda para artesãos

Moradores de Campina da Alegria, no Rio Grande do Sul, usam resíduos industriais e produzem peças decorativas e utilitárias que compõem as coleções ‘Paixões do Viveiro’ e ‘Broto em Papelão’

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02/06/2011 às 9:17 • Atualizada em 29/08/2022 às 4:30 - há XX semanas
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Brasília - Reaproveitamento de resíduos e geração de renda. A união dessas duas necessidades resultou na formação da Associação de Artesanato Broto do Galho. O grupo é formado por 15 artesãos da pequena comunidade de Campina da Alegria, em Vargem Bonita (RS). Eles reciclam resíduos industriais da empresa Celulose Irani e produzem peças decorativas e utilitárias que compõem as coleções ‘Paixões do Viveiro’ e ‘Broto em Papelão’. A empresa de celulose identificou a necessidade de dar utilidade às sobras da sua produção e ao mesmo tempo gerar ocupação e renda para as moradoras de Campina da Alegria. São cerca de 700 habitantes, sendo 90% funcionários da empresa. “As esposas dos funcionários também queriam ajudar financeiramente em casa. Fizemos uma série de testes com os resíduos e levamos uma proposta de trabalho para o Sebrae”, explica a coordenadora de sustentabilidade da empresa, Mariana Irani. O projeto Broto do Galho teve início em 2008. No ano seguinte o trabalho passou a fazer parte do programa nacional ‘Sebrae nos Territórios da Cidadania’. Com apoio da prefeitura de Vargem Bonita, foram realizadas diversas ações. “Os artesãos receberam capacitação sobre noções básicas de gestão, desenvolvimento e confecção de produtos artesanais a partir da pasta de resíduo da celulose – transformada em papel marchê - e de tubos de papelão”, conta a gestora local do projeto no Sebrae, Onilia Manenti. Os produtos criados já renderam duas coleções: ‘Paixões do Viveiro’ e ‘Broto em Papelão’. São porta-retratos, porta-trecos, porta-canetas, peças decorativas como ave de papel, luminárias e centros de mesa. “Todas as peças trazem característica voltadas à natureza e à conscientização ambiental. As técnicas utilizadas foram descobertas, testadas e analisadas. Não há uso de produto tóxico”, garante Mariana Irani. A presidente da associação, Claudete Boeno, conta que divide seu dia com o trabalho de merendeira e a produção artesanal. “Ainda não dá pra viver apenas com o que criamos na associação. Nosso mercado são as feiras e, principalmente, as empresas, que encomendam as peças para serem oferecidas como brindes corporativos”, afirma. Para ela o maior ganho foi o aprendizado de uma nova profissão. “Ganhamos autoestima”, enfatiza. As informações são da Agência Sebrae de Notícias.

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