As vendas do setor de supermercados apresentaram alta de 0,9% em agosto, em relação ao mês anterior e de 10,70% em comparação ao mesmo mês do ano passado. A informação foi divulgada hoje (26) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que reúne mais de 84 mil lojas em todo o país. Entre janeiro e agosto deste ano, as vendas do setor cresceram 4,95% em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo João Sanzovo Neto, vice-presidente da Abras, o aumento das vendas em agosto se deve, em parte, ao fato de o mês ter tido cinco sábados. “Tivemos um mês com 31 dias de vendas e cinco sábados. E o sábado tem uma participação importante no movimento”, disse em entrevista à Agência Brasil. Outro fator que ajudou no crescimento das vendas foi o cenário macroeconômico. “Teve aumento do emprego, mais oportunidades de emprego sendo criadas, o desemprego caindo e isso implica mais renda no bolso do trabalhador. E também teve o arrefecimento da inflação, o que significa mais poder de compra”, destacou. De acordo com Sanzovo Neto, a expectativa do setor para os próximos meses é que o crescimento se mantenha. “Os empresários do setor estão otimistas”, disse. Durante entrevista coletiva concedida na sede da associação, o vice-presidente da Abras também falou sobre a cesta Abrasmercado, que contém 35 produtos incluídos na lista dos mais consumidos no país. Em agosto, houve ligeira queda de 0,16% em comparação a julho deste ano. Com isso, os preços da cesta ficaram praticamente estáveis, ao passar de R$ 356,43 para R$ 355,85. “Essa estabilidade de preços decorre também de situações que se modificaram e que se estabilizaram no mercado internacional e da tranquilidade maior em relação ao câmbio. Acreditamos que os preços vão se manter estáveis o que, mais uma vez, contribui para o crescimento das vendas”, disse Sanzovo Neto. O otimismo do setor fez a Abras rever a sua previsão de crescimento para este ano. “Inicialmente projetamos 3,5%. Mas esse resultado [do setor] dos últimos dois meses nos surpreenderam positivamente e estamos projetando, comparando com a base do ano passado, que [o crescimento] se estabilize na casa dos 4%”, disse Flávio Tayra, gerente econômico da Abras.
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