Um diálogo envolvendo um cabo da Polícia Militar e o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Salto (SP) chamou a atenção de internautas nesta quinta-feira por envolver o nome da vereadora carioca Marielle Franco na polêmica que envolve uma hamburgueria do município paulista. O estabelecimento nomeou um sanduíche de "Maria da Penha", numa referência à lei de combate à violência contra a mulher e listou os ingredientes do produto com destaque para o "repOLHO ROXO" (com destaque de cor roxa nas letras maiúsculas).
O caso passou a ser debatido na web e chegou até o grupo "Conecta Salto!", que reúne 14.546 membros dispostos a discutir questões relacionadas ao dia a dia da cidade. Em uma publicação sobre o polêmico caso do sanduíche, o cabo da PM Jonatas Guedes mencionou de maneira jocosa o nome da parlamentar do Rio de Janeiro, que foi morta em março num crime que, oito meses depois, segue sem solução.
"Quero o X-Marielle", escreveu o cabo, que é um dos moderadores da comunidade no Facebook. Guedes foi respondido pelo advogado Flavio Roberto Garcia, que é vice-presidente da OAB saltense. A réplica feita pelo representante da instituição mencionava "azeitonas", gíria conhecida como sinônimos de projéteis — Marielle morreu com quatro deles na cabeça .
"Muitas azeitonas?", questionou Garcia, outro integrante da moderação. A conversa entre os dois terminou com uma tréplica do agente policial: "Não me recordo com quantas azeitonas vem", publicou o PM.
Procurada pelo jornal 'O Globo', a OAB de Salto disse que ainda não recebeu qualquer comunicado oficial sobre o comportamento de Flavio Roberto Garcia na internet e que vai analisar os registros do grupo. A Polícia Militar paulista pediu para que os questionamentos acerca das mensagens do cabo Jonatan Guedes fossem encaminhadas por e-mail e não retornou à reportagem até a publicação.
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Redação iBahia
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