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SALVADOR

Virose pós-folia ataca no ritmo do Lepo Lepo e lota emergências

O CORREIO percorreu alguns postos de saúde e emergências de hospitais. A maioria cheia de pacientes com a doença

• 08/03/2014 às 12:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 14:22 - há XX semanas

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Ah, não sabe mais o que fazer. Nariz congestionado, com o corpo arrasado. Ah, a cabeça não para de doer. Já entregou o atestado e o chefe ficou pirado... Pois é, muita gente que Lepo-lepou demais no Carnaval está hoje lepando numa cama. A festa acabou e a clássica gripe pós-folia foi apelidada de Lepo Lepo, em referência, como em todos os anos, à música eleita do Carnaval. Garganta inflamada, febre, tosse seca e dores no corpo são os primeiros sintomas da virose.
Ontem, o CORREIO percorreu alguns postos de saúde e emergências de hospitais. A maioria das emergências cheias de pacientes com a doença.
O porteiro Danilo dos Santos, 20 anos, percebeu só na segunda feira de Carnaval que havia contraído o Lepo Lepo. Ele foi ao circuito Barra-Ondina somente no sábado e enfrentou a chuva durante a madrugada.
“Consegui controlar a febre com alguns remédios que tomei em casa, mas minha garganta está muito inflamada. Estou precisando de paciência para aguentar essa fila de espera, mas é melhor assim do que me prejudicar no trabalho”, afirmou Danilo, que, ontem, aguardava para ser atendido no 5º Centro de Saúde, nos Barris.
A poucos metros dele, a operadora de caixa Vanessa Brito, 18, espirrava sem parar. O namorado dela já estava sendo atendido. Eles e uma turma de amigos pularam quinta e sexta de Carnaval. Resultado: todos lepados.
“Os sintomas apareceram dois dias depois, quando todos procuram um camarote baratinho para sair. A gente veio logo, porque estamos bem mal”, declarou Vanessa.
No Centro de Saúde de Pernambués, a dona de casa Maria de Loudes Praxedes, 35, escorada em uma das pilastras do prédio, era só dor. Amparada pelo marido, o motorista de ônibus Antônio da Anunciação, ela mal conseguia falar. “A voz dela sumiu. Começou há três dias. Primeiro vieram os espirros. Depois, a cabeça começou a latejar e hoje ela não aguentou e veio aqui”, disse o marido.
O futuro engenheiro Ricardo Brito, 26, aguardava atendimento na emergência lotada do Hospital da Bahia. “Muita gente tossindo, com catarro, tá difícil ficar lá, inclusive para quem já tá com a Lepo Lepo”, disse o rapaz, que pulou quatro, dos seis dias de Carnaval. “Estou preocupado com o final de semana. Acho que um analgésico e dois comprimidos vão segurar a onda”, complementou Ricardo.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que não tem como contabilizar o número de atendimentos especificamente por gripe.
Rebarba
Até mesmo quem não participou da folia foi vítima do Lepo Lepo. A operadora de call center Carla Moura, de 27 anos, chegou ao 5º Centro de Saúde, na Avenida Centenário, apresentando dor de cabeça, garganta inflamada e tosse forte. “Trabalhei a maior parte do Carnaval, nem tive a chance de ir lá, mas acho que quando todo mundo se mistura no ônibus, não tem escapatória, a virose passa de um para o outro”, explicou Carla. Com a emergência cheia, ela teve que encarar a espera pelo atendimento. “Se a gente se estressar, só piora! O jeito é esperar mesmo”, afirmou.
A auxiliar administrativa Analice Cruz, de 42 anos, informou que, mesmo não tendo posto os pés no circuito, toda a sua família já apresentava sintomas da virose pouco tempo após o fim da festa de Momo. “Eu, meu marido e meu filho, estamos todos com muita tosse. Meu filho já teve febre, mas melhorou. Eu tomei uma medicação para combater a gripe, mas não teve jeito, precisei vir procurar atendimento”, comentou Analice.
Como se vê, o Lepo Lepo anda fazendo estrago, mesmo em quem nem gosta dele... Matéria original: Correio24h Virose pós-folia ataca no ritmo do Lepo Lepo e lota emergências

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