Foto: Manu Dias GOV/BA
Por mais um ano, não teremos a realização do Carnaval de Salvador nos moldes tradicionais. O impacto que a maior festa de rua do planeta causa na economia baiana é enorme e isso não será diferente em 2022. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a estimativa é de que os prejuízos, referentes aos gastos dos foliões, ultrapassem os R$ 3,4 bilhões. A estatística é resultado da soma dos dados divulgados em 2021, primeiro ano sem carnaval na cidade, com 2022.
Em relação aos trabalhadores, o quantitativo segue o mesmo - em torno de 60 mil pessoas ficarão sem opção de trabalho. Porém, a geração que esses profissionais gerariam dobra alcançando R$ 180 milhões em rendimentos.
O carnaval foi suspenso pela primeira vez em 2021. A decisão foi tomada no final do ano anterior, pelo então prefeito de Salvador, ACM Neto. O motivo foi a pandemia do coronavírus. A situação se repetiu em 2022. Para evitar aglomerações e disseminação da doença e também da H3N2 (Influenza), o atual gestor municipal, Bruno Reis, manteve a suspensão. O governador Rui Costa também anunciou o cancelamento do evento.
De acordo com a SEI, com a suspensão do carnaval 1,2 milhão de pessoas deixam de circular pelos circuitos da folia e por toda a capital baiana. Se somarmos a perda de 2021 com 2022, seriam 2,4 milhões de pessoas que deixaram de participar do evento.
Festas privadas
Diferente do contexto de 2021, este ano, festas privadas até 1.500 pessoas foram autorizadas pelo Governo da Bahia. Com isso, espera-se uma recuperação dos prejuízos acumulados no ano anterior e estimados em R$ 47,3 milhões nos setores de bebidas, alimentação e alojamento, fruto do pagamento e arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O valor não será o suficiente para recuperação do setor, mas é considerado um alívio para o empresariado.
Benefícios
Sobre o auxílio pago aos trabalhadores do setor cultural da capital baiana. A Prefeitura de Salvador informou que tramita na Câmara Municipal o projeto SOS CULTURA II, que concede auxílio emergencial para trabalhadores impactados pelo cancelamento do carnaval, e que não possuem outra fonte de renda ou atividade. A votação está prevista para próxima terça-feira (22).
Os moldes seguem os mesmos da primeira edição paga em 2021. A exceção é o valor do benefício que foi citado pelo prefeito Bruno Reis como 2 salários mínimos. A gestão municipal ressaltou que não há previsão de concessão de auxílio para outras categorias que não têm o carnaval como fonte exclusiva de renda.
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