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Infeliz no trabalho? Nove dicas para pedir demissão

Dados da pesquisa FIA Employee Experience (FEEx) revelaram que cerca de 27% dos trabalhadores brasileiros pediriam demissão caso a empresa em que atuam não reconhecesse o seu valor profissional

Redação iBahia • 19/08/2021 às 18:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:05 - há XX semanas

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Eis que um dia você acorda e entende tudo: é hora de pedir demissão.

Apesar dessa consciência (normalmente) vir acompanhada de tristeza e insegurança, alguns sinais costumam anteceder a decisão de mudança.

Sintomas como sentimento de estagnação, subaproveitamento das competências, inadequação à cultura da empresa, insatisfação com o trabalho que desenvolve, relação tóxica com a equipe, tristeza ao precisar ir trabalhar e sensação de tempo perdido, costumam ser gatilhos para a reflexão de que ‘chegou a hora de buscar algo que te faça bem’.

Dados da pesquisa FIA Employee Experience (FEEx), realizada entre os meses de agosto e setembro de 2020, revelaram que cerca de 27% dos trabalhadores brasileiros pediriam demissão dos seus empregos caso a empresa em que atuam não reconhecesse o seu valor profissional.


Realizada com mais de 150 mil colaboradores, em mais de 300 empresas, a pesquisa FEEx identificou que a falta de atitude ética da organização e o desequilíbrio entre vida pessoal e profissional, correspondem, respectivamente, a 26% e 19% dos motivos que impulsionam os funcionários a pedirem baixa.

Embora os motivos para pedidos de afastamento sejam subjetivos, aspectos culturais da corporação, como valorização das individualidades, diversidade organizacional, planos de carreira, clima empresarial saudável, reconhecimento das expectativas pessoais, perfil das lideranças, salário e autonomia para a realização de tarefas, exercem grande influência quando se decide pedir demissão ou não.

Fato é que em algum momento você desperta para a sensação de que o ciclo encerrou e que novas experiências precisam ser vividas, para que então a fagulha do entusiasmo reaqueça.

(Isso serve também para relacionamentos, mas essa não é a nossa pauta!)

De acordo com Jeffrey Pfeffer, autor do livro "Dying for a paycheck" (em tradução livre ‘Morrendo por um salário’), é melhor pedir demissão do que sofrer por esgotamento. Mas vale um alerta: na hora de dar tchau ao trabalho, é preciso agir com sabedoria e não impulsividade.

Deixar as ‘portas abertas’ é importante para quem está trilhando uma carreira profissional. Manter boa reputação entre lideranças e colegas de trabalho é essencial para que o trânsito entre empresas seja mais fluido, positivo e referenciado.

Ciente de que nem sempre o afastamento é amigável, o ideal é que o profissional de mercado saiba sair na “hora certa” – eu sei que nem sempre há uma ‘hora certa’ para demissão, às vezes sair é um grito de liberdade, mas me refiro aqui sobre o quando possível, ok?!

Seja no instante de questionar mudanças ou no momento de pedir demissão, a verdade deve ser a base da conversa. Conseguir dividir o que levou à situação, de forma tranquila e assertiva, pode ser a forma íntegra e distinta de oferecer à empresa a possibilidade de correções e transformações, e de ser honesto(a) consigo mesmo(a).

Para quem entendeu que a hora é agora, compartilho algumas orientações que deixarão o desenlace mais planejado:

  1. Peça demissão com antecedência – assim você consegue preparar uma outra pessoa para ocupar a sua posição ou negociar possibilidades;
  2. Prepare o seu discurso com antecedência, e caso sinta necessidade, anote os pontos que o/a levaram à decisão;
  3. Agende uma reunião, isso formaliza a situação;
  4. Converse com o seu superior direto, ele(a) deve ser a primeira pessoa a saber;
  5. Prepare-se para uma contraproposta e avalie o interesse;
  6. Solicite uma carta de recomendação - referência é tudo!
  7. Seja honesto sobre os motivos e os planos;
  8. Dê feedback;
  9. Converse com os seus colegas de trabalho.

Mais do que dicas, essas sugestões oferecem espaços para reflexão, avaliação real dos motivos, profissionalismo e bons relacionamentos. Pode ser que hoje essa atividade (ou empresa) não seja mais interessante, mas os profissionais que a compõem se encontram em trânsito no mercado, e são eles – lideranças ou colegas - os seus principais indicadores e guias.

Dito isso: está pensando em se demitir?

Vá firme, com a certeza se a hora é agora!

Rodrigo Almeida* - @rodrigoalmeidarp

Relações Públicas, Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial (SENAI - Cimatec), pós-graduando no programa de MBA em Tendências e Inovações, Palestrante, Professor Universitário de pós-graduação, Consultor e Diretor da agência CRIATIVOS.

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