Suzana Pires tem a marca registrada do humor na interpretação. Mas, se precisar falar sério, ela enfrenta a situação. Consciente das causas feministas, a autora de “Sol Nascente” diz no “Você entrevista” quais questões a indignam no mundo sexista. Nas respostas, a atriz também conta como funciona a parceria com Júlio Fischer e Walther Negrão na novela das seis. Confira!
Ao fazer uma personagem, como você consegue cumprir as transformações que ela pede?
Eu faço de tudo para chegar à maior verdade possível. Gosto muito quando um personagem é diferente porque assim conheço novos mundos.
Como é escrever novela?
Escrever uma novela é criar um universo em que você coordena os acontecimentos. Depois de um tempo no ar, os pedidos do público são ouvidos para tornar a trama cada vez mais agradável. É um trabalho bonito e de muita concentração.
Como você e os outros autores se dividem?
Tudo é criado por nós três, mas quem tem a decisão final é o mestre Negrão.
Qual é sua característica na teledramaturgia? Gosto muito do universo praiano, porque, como uma boa carioca, fui criada na praia, nas lagoas da Região dos Lagos... Mas gosto da mistura romance-aventura-humor também.
Como organiza seu tempo para trabalho e vida social?
Tenho uma vida completamente planejada, porque assim consigo ter tempo para tudo. Minha vida social sofre com a quantidade de trabalho que tenho. Muitas vezes não durmo tarde porque, no dia seguinte, trabalho cedo e a cabeça precisa estar fresca.
Você se identifica com as causas do feminismo?
Sou atuante nessa conscientização. Não posso conceber que o estupro seja culpa da vítima, da roupa dela ou de ela estar bêbada. Se uma mulher diz não, é não. Por que tudo com uma mulher é analisado primeiro pelo corpo dela e não pela sua capacidade intelectual? Por que uma mulher não pode escolher construir sua vida do jeito que ela quer? Feminismo é agir com respeito por si mesma e disso eu não abro mão na minha vida.
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