Quando terminou o magistério, Edvaldo Matos soube que não queria ser professor. “Eu estava procurando o que fazer e acabei plantando um pé de cana. Eu sempre gostei de roça e resolvi seguir adiante com isso”, conta. Hoje, 15 anos depois, ele possui seis hectares de plantação e é dono do Alambique Paramirim, na cidade de mesmo nome, no interior do estado.
Por ano, o negócio de Edvaldo produz por ano cerca de 20 mil litros de cachaça de dois tipos: a comum e a envelhecida. “A garrafa da comum custa entre R$ 4 e R$ 5, e a da envelhecida chega a R$ 15”, explica. A diferença entre as duas é o tipo de barril e o tempo que a bebida passa lá dentro. A cachaça comum é armazenada em barris de inox, e a envelhecida, em barris de carvalho, onde podem passar anos. “O máximo de tempo que já deixei uma cachaça envelhecendo foram três anos”, diz Edvaldo.
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| Edvaldo comercializa cachaça e rapadura |
A Cachaça Paramirim, como é chamada, está dando tão certo que o plano do empresário é expandir o negócio. “Estamos abrindo firma para ganhar o selo de qualidade e assim poder vender o produto em mercado, inclusive para outros estados”, conta ele, que já costuma repassar seus produtos para comerciantes da cidade de Paramirim e de municípios vizinhos, como Guanambi, Brumado e Boquira.
RapaduraHá três anos, o preço da cachaça sofreu uma queda e, para manter os negócios, Edvaldo começou a produzir rapadura. Além da receita tradicional do doce, o empresário produz também versões com maracujá, abacaxi, amendoim e laranja. “Matematicamente falando, a rapadura rende mais lucro do que a cachaça, mas a bebida ainda é o nosso carro-chefe”, explica Edvaldo.
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