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Ator de 'Malhação' relata racismo sofrido pela filha de 2 anos

Em seu perfil no Instagram, o ator de “Malhação”, André Luiz Miranda contou que a filha, de apenas 2 anos, foi vítima de racismo

Redação iBahia • 27/07/2018 às 6:42 • Atualizada em 31/08/2022 às 18:46 - há XX semanas

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Era para ter sido uma tarde de diversão entre pai e filha não fosse um triste episódio de racismo. E pior, provocado por uma criança. Em seu perfil no Instagram, o ator de “Malhação”, André Luiz Miranda contou que a filha, de apenas 2 anos, foi vítima de racismo no playground do prédio em que moram.

Foto: Reprodução
“Depois de muito tempo consegui chegar cedo do trabalho e resolvi descer e brincar com a minha filha (2 anos) no parquinho do prédio . Nós divertimos muito , ficamos horas brincando , até que em um momento ela me abandonou porque enxergou uma amiga , mais ou menos 4 anos acompanhada do irmão ( 14 ) . Logo notei uma coisa diferente no comportamento dessa criança . Sempre fugindo da minha filha , sem emitir um som sequer e minha filha querendo muito a atenção dessa amiga . O irmão desse menina foi jogar bola no campo ao lado e então éramos só nós 3 nesse parquinho . Minha filha o tempo todo querendo brincar e sempre rejeitada”, relatou: “Um dado momento uma 3ª criança apareceu e logo o comportamento da menina mudou. Abriu um sorrisão , correu pra abraçar, chamou pra brincar e minha filha ali isolada. Vendo a tristeza da minha filha, me abaixei e perguntei porque ela não queria brincar com a minha filha, eis que a criança de 4 ANOS respondeu : ‘ Pessoas do cabelo assim e com essa cor eu não gosto . Eu só brinco com pessoas brancas” .
O ator ainda tentou argumentar: “Perguntei se era da cabeça dela ou se alguém já falou isso pra ela e ela me respondeu que era da cabeça dela . Nessa hora a minha perna ficou bamba , um aperto no coração e uma vontade de chorar ouvindo essas palavras sairem da boca de uma criança de 4 anos”.

Depois de muito tempo consegui chegar cedo do trabalho e resolvi descer e brincar com a minha filha (2 anos) no parquinho do prédio . Nós divertimos muito , ficamos horas brincando , até que em um momento ela me abandonou porque enxergou uma amiga , mais ou menos 4 anos acompanhada do irmão ( 14 ) . Logo notei uma coisa diferente no comportamento dessa criança . Sempre fugindo da minha filha , sem emitir um som sequer e minha filha querendo muito a atenção dessa amiga . O irmão desse menina foi jogar bola no campo ao lado e então éramos só nós 3 nesse parquinho . Minha filha o tempo todo querendo brincar e sempre rejeitada . Um dado momento uma 3ª criança apareceu e logo o comportamento da menina mudou . Abriu um sorrisão , correu pra abraçar, chamou pra brincar e minha filha ali isolada . Vendo a tristeza da minha filha , me abaixei e perguntei porque ela não queria brincar com a minha filha , eis que a criança de 4 ANOS respondeu : “ Pessoas do cabelo assim e com essa cor eu não gosto . Eu só brinco com pessoas brancas” . Perguntei se era da cabeça dela ou se alguém ja falou isso pra ela e ela me respondeu que era da cabeça dela . Nessa hora a minha perna ficou bamba , um aperto no coração e uma vontade de chorar ouvindo essas palavras sairem da boca de uma criança de 4 anos . O RACISMO é estrutural e reproduzido pelas crianças de forma assustadora . Mesmo não tendo consciência do conceito de raça , essa criança aprendeu alguns aspectos que estão na nossa sociedade . O cabelo , a cor da pele , são características determinantes da diferença racial e isso motiva essas ações . Mas eu não posso fraquejar , isso me deixou mais forte pra poder lutar pelos MEUS , lutar por ELA . #diainternacionaldamulhernegra

Uma publicação compartilhada por André Luiz Miranda (@deluizmiranda) em 25 de Jul, 2018 às 2:30 PDT

André chamou atenção para o racismo sofrido por milhões de pessoas diariamente. “O RACISMO é estrutural e reproduzido pelas crianças de forma assustadora. Mesmo não tendo consciência do conceito de raça, essa criança aprendeu alguns aspectos que estão na nossa sociedade. O cabelo , a cor da pele são características determinantes da diferença racial e isso motiva essas ações . Mas eu não posso fraquejar, isso me deixou mais forte pra poder lutar pelos MEUS , lutar por ELA” .

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