Frederico é o melhor amigo da Giuliana
Fotos: Uhelp/Divulgação
Incentivar a adoção e promover a conscientização de que um animal com deficiência é um pet como todos os outros, pois, apesar de suas limitações, a capacidade de superação que eles têm é infinitamente superior. Esses são os principais objetivos da campanha Adote um Pet com Deficiência, promovida pela associação assistencial Uhelp.com em parceria com outras entidades.
A campanha, cujo foco é voltado para cães e gatos, tem a hashtag #especialmentediferente, criada pela Ampara Animal, e contará com duas edições da feira de adoção, em pontos distintos de São Paulo: a primeira em 30 de agosto, na Praça Velorama, na Rua Groenlândia, 848. No dia 20 de setembro, é a vez do Dog Zone nos parques Villalobos e Portinari, na zona oeste da capital paulista. Já estão confirmadas, até o momento, as participações da Ampara Animal e da Luiz Proteção Animal, ambas com trabalhos voltados para adoção – e que incluem pets com deficiência.
Conheça algumas histórias de pessoas que adotaram pets com algum tipo de limitação:
A Giuliana Stefanini é gerente da Luiz Proteção e adotou o Frederico há pouco mais de um ano. Para ela, cuidar do cãozinho da raça dachshund já é natural: “é como escovar os dentes”, revela. Ela revela que foi a melhor coisa que já fez na vida: “o Fred é um anjo!”. O pet tem deficiência física e precisa usar andador nas patas traseiras, mas nem por isso deixa de fazer estripulias e encher a dona de orgulho. Giuliana enfatiza que é muito importante divulgar a causa dos pets com deficiência, porque é muito difícil alguém adotá-los. “Infelizmente, eles ficam esquecidos, pois as pessoas têm preconceito”, declara.
A veterinária Sharon cuida da Hope em sua clínica
Sharon Reibscheid, veterinária que há 24 anos cuida de animais, além de atender pets com deficiência, tem dois deles em sua clínica: “adotar um animal com deficiência é incrivelmente recompensador: eles vivem super bem, se adequam rapidamente à sua nova condição e nos ensinam a sermos seres humanos melhores”.
Ela conta que Vicky ficou cega devido ao diabetes e Hope precisou ser amputada devido a um tumor ósseo: “as duas vivem muito bem e são a alegria da clínica”, revela Sharon.
Questão estética
Sabrina Custódia é paratleta e faz parte, com Adriele Silva e Vinícius Rodrigues, do time Ultrability apoiado pela Uhelp.com, que tem como objetivo captar recursos que serão destinados à manutenção das próteses utilizadas pelos paratletas, que estão treinando pesado para tentar uma vaga na equipe paralímpica brasileira.
Ela acolheu, há três meses, o Junior, um buldogue inglês que foi rejeitado para venda por ter lábio leporino. Sabrina explica que apesar de ser apenas um problema estético e não de saúde, ele não pôde tirar pedigree, por isso, sua venda seria muito difícil. Para Sabrina, o fato dele ser um cão considerado fora do padrão não interferiu em nada na escolha: “foi amor à primeira vista”, ela enfatiza.
Amora demorou para confiar nas pessoas, depois de sofrer maus tratos. Mas hoje é um pet feliz!
Vida normal
A própria Livia Clozel, responsável pela Comunicação e Estratégia da Uhelp.com, é um desses casos. Livia adotou a pequena Amora há cerca de 3 anos: “ela é amputada e sofreu maus tratos, demorou a se sentir segura, mas hoje é uma companheira incrível”, enfatiza.
Juliana Camargo, presidente da Ampara Animal explica que "são considerados pets com deficiência os que apresentam problemas motores, mentais, renais, idosos, amputados e cegos”. Para Livia Clozel, “um pet com deficiência tem uma vida normal: muitos deles não precisam sequer de acompanhamento médico por conta da limitação, e todos são grandes companhias! Sem contar que, na verdade, o preconceito é que é uma deficiência!"
Veja também: