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De papel higiênico a hidratante: as campanhas acusadas de racismo

Após polêmica envolvendo a varejista H&M, relembre marcas criticadas por suas propagandas

Redação iBahia • 08/01/2018 às 15:47 • Atualizada em 30/08/2022 às 19:01 - há XX semanas

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Os internautas estão cada vez mais vigilantes, ativos e engajados em questões sociais. Diante disso, muitas marcas não têm escapado e se tornado alvo de críticas nos últimos meses. Desta vez, é a varejista sueca Hennes & Mauritz (H&M) que está sendo acusada de racismo devido a um anúncio com a foto de um menino negro vestindo um moletom com a frase "O macaco mais legal da selva". Em outubro de 2017, a Personal foi acusada de racismo após a polêmica campanha do papel higiênico preto. No mesmo mês, a Nívea também foi criticada após anúncio de um creme que prometia "pele visivelmente mais clara".
Papel higiênico preto
Foto: Reprodução
Em fins de outubro do ano passado, a marca Personal, do grupo Santher, anunciou o lançamento do primeiro papel higiênico preto do Brasil. As campanha trazia a atriz Marina Ruy Barbosa ao lado do slogan "Black is beautiful" (preto é lindo, em português). O grande problema apontado por muitos internautas é que tal slogan é estreitamente ligado ao movimento negro americano surgido nos anos 1960.
Em comunicado enviado na ocasião, a Personal afirmou que "a cor sempre foi considerada ícone de estilo e refinamento nos universos de luxo e da moda" e que a "campanha reflete essa integração entre a cor e a sofisticação".
No entanto, após a repercussão negativa e a avalanche de críticas, todos os posts da página do produto no Facebook que continham o slogan foram removidos. Além disso, a Santher e a agência Neogama, responsável pela campanha, anunciaram que não irão mais usar o slogan.

'Creme clareador'

Foto: Reprodução
Também em outubro do ano passado, a marca de cosméticos e higiene pessoal Nívea foi acusada de racismo após o anúncio de um creme que prometia "pele visivelmente mais clara". Uma peça de TV, estrelada pela ex-Miss Nigéria Omowunmi Akinnifesi, visto em países da África, como Nigéria e Senegal, mostra a pele da modelo ficando mais clara e branca enquanto ela aplica o hidratante. No vídeo, a moça dizia que o produto deixava a pele "visivelmente mais clara".
Em nota, a Beiersdorf, grupo que detém a marca, informou que "reconhece as preocupações levantadas por alguns consumidores" e diz que a intenção "nunca foi ofender".

Desculpas após 'transformação'

Foto: Reprodução
Depois de publicar no Facebook um anúncio em que uma mulher negra se transforma em branca, a marca de higiene pessoal e beleza Dove preferiu pedir desculpas. No vídeo, ao lado da modelo havia um sabonete, o que deu a entender aos internautas que a consumidora ficava "limpa" ao usar o produto e clarear a pele. A propaganda foi considerada racista e despertou uma onda de críticas e até pedidos de boicote.
Diante da reação, a publicação foi apagada. Pelo Twitter, a Dove afirmou que "errou o alvo" ao representar mulheres negras. "Nós nos arrependemos profundamente da ofensa que causamos".
A modelo negra da campanha declarou na época que "não é vítima de uma campanha de beleza" e que a versão de 3 segundos do vídeo foi "mal interpretada". Em um artigo, Lola Ogunyemi, de oriegm nigeriana e nascida em Londres, explicou que a ideia da campanha era mostrar mulheres de diferentes etnias trocando camisetas. "Todas que participaram entenderam o conceito e o objetivo da campanha – usar nossas diferenças para destacar o fato de que todas as peles merecem a delicadeza".

Estampa controversa

Foto: Reprodução
Ainda em 2017, uma estampa da marca de roupas Farm que retrata o Brasil no século XIX gerou revolta nas redes sociais. As críticas começaram após o blogueiro José Carlos Angelo da Conceição, de 29 anos, compartilhar a imagem de uma peça da grife criticando os desenhos por retratar pessoas negras como escravas. As críticam ganharam força e apoio de muitos internautas, até que a própria Farm pediu desculpas e decidiu remover a estampa de circulação.

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