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SUSTENTABILIDADE

Desmatamento na Amazônia aumenta incidência do El Niño, dizem cientistas

Os primeiros resultados do Modelo Brasileiro de Sistema Terrestre, um novo modelo de simulação do clima, constataram que o desmate da Floresta Amazônica propicia a ocorrência do El Niño - um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico tropical, capaz de afetar o clima regional e global.

• 21/03/2013 às 16:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 6:05 - há XX semanas

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Foto: CIAT

Pesquisadores brasileiros apresentaram mais um bom argumento para que os gestores assegurem a manutenção das árvores amazônicas em pé. Divulgados em fevereiro, os primeiros resultados do Modelo Brasileiro de Sistema Terrestre, um novo programa de simulação do clima, constataram que o desmate da Floresta Amazônica propicia a ocorrência do El Niño - um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico tropical, capaz de afetar o clima regional e global.

Modelos deste tipo são programas que integram informações sobre o fluxo de umidade, calor e gás carbônico na atmosfera, nos oceanos e na superfície terrestre globais, e são usados para facilitar a identificação de problemas como a formação de tempestades, secas ou chuvas intensas.

Além de ser responsável pelas temperaturas surreais que castigam a Austrália, o fenômeno, que ocorre naturalmente com periodicidade de três a sete anos, costuma causar estragos no Brasil. O El Niño agrava a seca, reduz as chuvas na região amazônica e as aumenta no Sul brasileiro. O resultado dessa “bagunça climática”, que dura cerca de um ano e meio, já é uma equação bem conhecida: enchentes e deslizamentos que vitimam milhares de brasileiros.

Modelo

Um dos coordenadores do projeto, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) Paulo Nobre explica que o programa de computação ainda está em uma versão preliminar, mas mesmo assim conseguiu identificar um forte impacto do desmatamento da Amazônia na incidência do El Niño. “Este foi um resultado que o modelo verificou mesmo sendo uma versão preliminar, de baixa resolução”, ressaltou à Agência Fapesp.

O novo modelo apresentou ainda outros resultados como a melhoria da previsão da temperatura da superfície das águas do Atlântico Sul como da América do Sul. O modelo está sendo desenvolvido por pesquisadores de diversas instituições, como a Fapesp, a Rede Brasileira de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Mudanças Climáticas.

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