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SUSTENTABILIDADE

Estudantes do Rio criam carregador de celular alimentado por movimento das pernas

• 08/07/2015 às 14:11 • Atualizada em 29/08/2022 às 21:26 - há XX semanas

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Tecnologia criada pelos jovens dispensa rede elétrica para gerar energia
Fotos: Renan França/O Globo

Os estudantes Rodrigo Sampaio, 20 anos, e Carlos Eduardo Dias, 16 anos, criaram recentemente um gerador de energia que consegue recarregar um celular. A diferença desse para outros carregadores portáteis? O Ônix — nome que escolheram para batizar a invenção — não precisa ser ligado à rede elétrica. O aparelhinho mede cerca de sete por 6,5 centímetros, e não pesa nem 500 gramas.

O armazenamento da energia se dá por meio do movimento corporal. O Ônix fica dentro de uma bolsa, presa por fitas na altura da coxa. Uma haste de alumínio, de 15 centímetros de comprimento, conectada ao aparelho, desce pela lateral da perna até a parte de cima da canela. A haste é movimentada com uma simples caminhada, e esse balanço, provocado pelos passos e repetido várias vezes, permite que a energia cinética seja transformada em elétrica no gerador.

Para resumir: uma caminhada de três horas é suficiente para que o dispositivo fique 100% carregado. O Ônix consegue recarregar um iPhone até três vezes sem precisar ser alimentado novamente com energia.

carregador-pernas.jpg"Na semana passada, se não fosse o Ônix, eu não poderia utilizar meu celular. Cheguei em casa com a bateria descarregada e utilizei o aparelho, que ajudei a criar, em causa própria", afirmou Carlos Eduardo ao jornal O Globo. Ele cursa o segundo ano do ensino médio.

Atrair investidores
Agora, os dois (que são primos) correm para patentear a invenção. Com a ajuda de um advogado, já entraram com o pedido de registro e aguardam para saber se foram os primeiros a criar o sistema. O próximo passo é atrair investidores para aperfeiçoar a ideia. Segundo eles, é possível diminuir o tamanho do gerador. Outro avanço seria desenvolver um dispositivo com alças, o que descartaria a bolsa que é presa à coxa.

"Não é dinheiro o que queremos agora. Precisamos de uma empresa que se interesse pelo nosso protótipo e que disponibilize engenheiros para refinarmos o aparelho. Temos muitas ideias. O que nos falta é material para executá-las", observa Rodrigo.

Talento precoce
Quando era criança, Rodrigo morador de Quintino (bairro da zona norte do Rio), não podia ver nenhum equipamento eletrônico ou eletrodoméstico sem que tivesse vontade de desmontá-lo. Primeiro, foi uma calculadora. Depois, vieram ferro de passar, liquidificador, batedeira, sanduicheira... A mãe tentou, em vão, impedir. Mas, quando percebeu que o filho era capaz de juntar pedaços de um rádio com defeito e transformá-lo num aparelho com “vida”, resolveu apoiar o garoto.

Com 14 anos, Rodrigo construiu o primeiro mini-robô. A engenhoca era capaz de varrer a mesa do almoço e juntar farelos e restos de comida. "Lembro que olhava para qualquer aparelho eletrônico e queria saber como funcionava. Era mais forte do que eu", relatou o jovem, que recentemente concluiu o ensino médio na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).

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