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Impressora 3D permite que cegos sintam as obras de arte

Mostra realizada na Espanha usou tecnologia inovadora para promover experiência sensorial

• 05/11/2015 às 21:49 • Atualizada em 01/09/2022 às 2:40 - há XX semanas

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Dino O que para a maioria das pessoas é possível, poder interpretar e obter a sensação que somente as consagradas obras de artes plásticas podem transmitir, torna-se algo surpreendente e novo para os deficientes visuais. Em decorrência da tecnologia e da atenção de pessoas interessadas em democratizar o acesso à arte, os cegos já têm a oportunidade de desfrutar de um projeto feito exclusivamente para permitir o contato mais próximo com telas de pintores consagrados. Com o uso da tecnologia das impressoras 3D e softwares como Catia V5, o Museu do Prado, localizado em Madri, na Espanha, recebeu uma exposição revolucionária, na qual réplicas de pinturas famosas foram reproduzidas em material de alto-relevo, com três dimensões e definição absoluta. Por causa desse alto desempenho tecnológico, o trabalho intitulado "Hoy Toca el Prado" ofereceu aos deficientes visuais a oportunidade de experimentar as obras de arte com as mãos, tocando sensivelmente cada contorno, textura e outros detalhes que fornecessem todas as informações necessárias para entender as obras de arte.
Foto: Reprodução
Uso do serviço de impressão 3D na técnica DidúA "Hoy Toca El Prado", mostra de arte para deficientes visuais, reproduziu quadros de pintores como Leonardo da Vinci, Velásquez e Goya através de uma técnica de impressão de alta definição nomeada Didú. O trabalho científico e tecnológico foi elaborado integralmente pelos pesquisadores da Espanha. Para chegar à perfeição de transmitir em alto-relevo todas as sutilezas que os pintores gravaram nas telas originais, os profissionais usaram materiais que pudessem ser impressos através de camadas, como acontece com o resultado do trabalho das impressoras 3D. A única diferença entre uma impressora 3D tradicional e a técnica utilizada pelos pesquisadores espanhóis na mostra de arte para deficientes visuais está na composição química dos elementos utilizados para a impressão em camadas.Etapas de reprodução de obras de arte com tecnologia de impressora 3DA técnica chamada Didú trabalhou com etapas bem definidas para conseguir "imprimir" quadros de superfície elevada praticamente perfeitos. Em primeiro lugar, foi necessário escanear em alta definição a imagem da pintura original. Para exprimir aos deficientes visuais a totalidade da obra de arte, nada poderia escapar da etapa de escaneamento da figura.Após a captura correta da tela a ser reproduzida, a técnica espanhola baseada nas impressoras 3D selecionou componentes químicos e texturas com o volume adequado para a reprodução precisa das telas e para que os cegos fossem capazes de deslizar as mãos com delicadeza e, ainda assim, obter todas as informações contidas no quadro.Uma tinta especializada para a reprodução das obras de arte para cegos foi utilizada pelos pesquisadores durante o trabalho e, com cerca de quarenta horas de dedicação, a réplica podia ser impressa. Uma autêntica obra de arte para cegos. A técnica de reprodução de obras de arte para deficientes visuais, baseada em impressão 3D, foi um sucesso e comprovou a possibilidade de unir tecnologia com inclusão social e cultural, pois as réplicas ficaram praticamente idênticas às obras primárias. A mostra "Hoy Toca El Prado" expôs seis pinturas, contando com um dos quadros mais apreciados do mundo e uma referência histórica da arte, a Monalisa, de Leonardo Da Vinci. Todas as telas eram acompanhadas de informativos feitos em braile.

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