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SUSTENTABILIDADE

Lei sancionada em Curitiba proíbe uso de veículos de tração animal

• 16/11/2015 às 11:30 • Atualizada em 01/09/2022 às 6:27 - há XX semanas

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Cena comum em muitas cidades brasileiras, carroças puxadas por animais estão proibidas em Curitiba
Foto: Cícero R. C. Omena/Flickr/cc

Realidade ainda comum em muitas cidades brasileiras, a utilização de veículos puxados por animais (como as carroças) costuma causar polêmica. É que muitas vezes, cavalos e bois, por exemplo, sofrem, pois acabam submetidos a jornadas excessivas de trabalho.

Ao pensar nisso, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, sancionou no dia 29 de outubro uma lei que proíbe o uso de veículos de tração animal e exploração de animais para esta finalidade na cidade. O projeto de lei, enviado em junho para a Câmara Municipal, foi aprovado pelos vereadores em 28 de setembro.

O projeto estabelece como tração animal todo meio de transporte de carga ou de pessoas movido por propulsão animal e proíbe também o deslocamento de animal conduzindo cargas em seu dorso, estando o condutor montado, ou não. Fica vedada a permanência desses animais, soltos ou atados por cordas, ou por outros meios, em vias ou em logradouros públicos.

Outras capitais do Brasil, como Vitória e Recife, já possuem leis semelhantes. No entanto, o país ainda carece de uma proibição em nível nacional

O texto da proposta foi elaborado a partir de estudos de representantes das áreas ambiental e veterinária, juristas, entidades que regulamentam o trânsito e ações sociais.

Dar um basta
“Curitiba dá, mais uma vez, uma demonstração de inovação e sustentabilidade. Há situações, como esta dos animais, em é preciso dar um basta e avançar. Esta lei é fruto da cidadania, da mobilização e de uma consciência existente na sociedade”, destacou o prefeito.

Pela proposta, ainda são permitidas as atividades em estabelecimentos públicos ou privados como haras, turfe, hipismo, equoterapia, cavalgadas, bem como o uso de animais pelas forças públicas, militares ou civis, que tenham grupamentos com montaria.

Fiscalização da lei
A fiscalização será realizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente por meio da Rede de Defesa e Proteção Animal, com apoio das equipes da Secretaria Municipal de Saúde, da Guarda Municipal e Secretaria Municipal de Trânsito. O animal encontrado nestas situações será recolhido pela Rede de Proteção Animal e enviado ao Centro de Controle de Zoonoses e Vetores e o proprietário e o condutor serão punidos conforme a lei contra os maus tratos (Lei 13.908).

“Esta é uma demanda de décadas na nossa cidade. É uma lei avançada, que protege os animais, mas também olha para as pessoas”, ressaltou o coordenador da Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, Paulo Colnaghi.

Israel foi o primeiro país do mundo a proibir as carroças puvas por animais

Falta regulamentação
Ele conta que foi formado um grupo de trabalho para cuidar exclusivamente da situação das pessoas que serão afetadas pela proibição. A lei ainda passará por regulamentação, com prazo previsto de 90 dias.

Em 2014, o vereador Professor Galdino apresentou projeto de lei que tratava do tema. Como a matéria seria de competência exclusiva do Poder Executivo, ele, de comum acordo com a Prefeitura, retirou o projeto para apresentação dessa proposta que foi aprovada.

Outras capitais do Brasil, como Vitória e Recife, já possuem leis semelhantes. No entanto, o país ainda carece de uma proibição em nível nacional, como a que vigora em Israel, a primeira nação do mundo a proibir carroças puxadas por animais.

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Cavalo de lata pode ser uma alternativa à utilização de animais
Foto: Arquivo Pessoal

"Cavalo de lata"
Em setembro de 2013, mostramos aqui no EcoD o "Cavalo de Lata", um transporte sustentável criado no Rio Grande do Sul com o objetivo de substituir os cavalos e as carroças.

A bateria do Cavalo de Lata é recarregada com energia elétrica e tem 60 km de autonomia. As peças utilizadas na montagem do veículo foram retiradas de motocicletas, encontradas em oficinas. As luzes são de LED, com pilhas internas. A carroceria apresenta faixas reflexivas e segue as medidas estabelecidas pelo Departamento Nacional de Trânsito, assim como a gaiola de proteção para o motorista.

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