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SALVADOR

Mau sinal: Transalvador não tem estoque para reparar sinaleiras quebradas

Das 80 sinaleiras instaladas na orla, do Porto da Barra até o Farol de Itapuã, 70 estão quebradas

• 27/10/2011 às 9:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 3:56 - há XX semanas

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O amarelo que pisca sem parar confunde os motoristas no cruzamento entre duas vias. Pedestres tentam atravessar a rua, mas o sinal vermelho não acende. O cenário confuso no trânsito de Salvador tem sido frequente nos últimos dias, depois que várias sinaleiras foram danificadas pelas chuvas e ventos fortes. Das 80 sinaleiras instaladas na orla, do Porto da Barra até o Farol de Itapuã, 70 estão quebradas, de acordo com a Transalvador. “A ventania forte e a chuvarada provocaram oscilação da energia. Com isso, uma série de controladores (equipamento eletrônico que regula as sinaleiras) entrou em curto-circuito e queimou”, diz o superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho. Houve tantos problemas que agora faltam equipamentos para efetuar os reparos necessários na cidade. “No segundo dia de chuvas, consertamos um mesmo semáforo quatro vezes. O que eu tinha para pôr de placa eu já coloquei. Esgotamos todo o estoque”, diz Gordilho. Em alguns locais, como a avenida São Rafael (em São Marcos), as sinaleiras chegaram a ser consertadas pela manhã e, no final da tarde, voltaram a apresentar defeito. “Controladores inteiros da Avenida Manuel Dias da Silva (na Pituba), por exemplo, terão que ser sincronizados novamente. O negócio pifou geral”, diz. Apesar de fornecer dados sobre a orla, a Transalvador não soube informar o número total de sinaleiras quebradas na cidade. O que Gordilho sim sabe é que a situação só deve melhorar na próxima semana. E isso se São Pedro ajudar. “Se o tempo melhorar, a gente conserta até semana que vem. As placas que foram queimadas ainda poderão ser recuperadas. Às vezes, uma simples limpeza resolve”, diz. Carência Além da falta de placas para substituir as que quebram, um eletricista que trabalha na Transalvador afirmou que faltam também ferramentas para o trabalho. “A situação está precária. Falta fita isolante, chave de fenda, alicate, inclusive peças de reposição dos controladores como módulos e fontes”, conta o eletricista que não quis ser identificado. Ainda de acordo com o funcionário, o órgão está improvisando o conserto de alguns equipamentos. “A gente tira de um e coloca no outro. Estamos fazendo verdadeiras sucatas. A Transalvador está dando prioridade a bairros como Pituba e Itaigara”, acrescenta o eletricista. O presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram), Adenilton das Virgens Júnior, confirma que falta de material. “Até fita isolante não está sendo disponibilizada. Está bem precário”, alerta. De acordo com ele, faltam também lâmpadas e caixas de proteção que protegem os controladores. “Nós estamos vivendo uma situação que nem os banheiros da Gerência de Trânsito estão sendo limpos. Está muito complicado. A dificuldade é de gerenciamento porque a Transalvador tem arrecadado, mas não está investindo na estrutura”, pondera o presidente da Astram. Já o diretor do Sindicato dos Servidores de Trânsito e Transporte de Salvador e Região Metropolitana de Salvador, Pedro Pires, acrescenta que o material disponibilizado muitas vezes é antigo. “A precariedade existe. São poucos equipamentos e o que tem é obsoleto”, avalia. O superintendente da Transalvador nega que existam essas carências. “Se estiver faltando fita isolante, eu dou R$ 10 do meu bolso para comprar”, afirma Gordilho. Pedestres têm que se arriscar nas ruas“Eu fico esperando meia hora para atravessar a rua com medo de ser atropelada”. O desabafo é da vendedora Luciandréa Gonçalves, de 45 anos, ao tentar atravessar a rua São Paulo, na Pituba, onde na manhã de ontem as sinaleiras não funcionavam. “Eu fico é com pena dos idosos para atravessar. A Prefeitura está esperando alguém morrer para tomar providência?”, questiona. No cruzamento das ruas São Paulo e Rio Grande do Sul, mais problemas “Tem mais de 4 dias assim. Tem horas que vira um caos. Com o semáforo quebrado, todo mundo fica querendo passar e não espera a vez do outro”, conta o jornaleiro Roberto Ferreira, 25. “Ontem (anteontem) uma mulher quase foi atropelada por um ônibus”, lembra.

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