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ENTRETENIMENTO

Moradores de Cajazeiras mantêm viva tradição da valsa

Além de fortalecer e popularizar o ritmo no bairro, o grupo ainda desenvolve ações sociais em instituições carentes

• 26/11/2014 às 15:15 • Atualizada em 27/08/2022 às 8:48 - há XX semanas

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Imersos em um local onde a dança de salão é pouco valorizada, moradores de Cajazeiras formaram o grupo de valsa ‘Amor Eterno’, para fortalecer o ritmo pouco valorizado no bairro e na cidade de Salvador, além de promover ações sociais através da dança.A história do grupo começou em 2000, no projeto 'Samp' (Semana de Arte, Música e Poesia), no Colégio Edvaldo Brandão Correia. Os alunos reuniram-se com José Arlindo, conhecido na localidade como Cachorrão, e José Wilson, trazendo a ideia do baile debutante para o projeto da escola, onde existiam outras modalidades, a exemplo do pagode, hip-hop e da dança afro.
No decorrer dos anos, alguns alunos do projeto se empolgaram com a valsa e resolveram criar grupos. Um desses estudantes que foram conquistados pelo ritmo, foi Emanuel Costa, o Mané. Depois de sair de uma festa de 15 anos e ver que muitas pessoas ficaram encantadas pelo balé apresentado, o rapaz teve a sacada de criar o ‘Amor Eterno’, em 2007. Inicialmente, a ideia dele era despertar nos jovens da comunidade a vontade de dançar e conhecer a modalidade, que era desvalorizada e discriminada. Ao longo desses sete anos, o grupo passou a ser reconhecido e valorizado pelas apresentações que fazia nas festas, chegando a ser convidado pelo programa Mosaico Baiano, da TV Bahia. Entretanto, o grupo viu a possibilidade de fazer muito mais do que simples apresentações.
Mané defendendo a causa Gay
“Um dos momentos que marcaram o grupo foi a visita ao Asilo São Lazaro, localizado na Estrada Velha do Aeroporto. Após a apresentação, tivemos um momento mágico, único e emocionante, no qual ficamos mais próximos dos idosos trocando informações, carinho e atenção. No momento da despedida, alguns idosos nos surpreenderam ao solicitar a nossa permanência no local. Afirmamos que retornaríamos para novas visitas, quando veio uma das idosas com lágrimas nos olhos e muito triste disse-nos: ‘Eu sei que vocês não vão retornar, assim como meu filho que disse que retornaria e já espero há 30 anos’. Com esse desabafo resolvemos sempre realizar ações sociais nos asilos e nos locais mais carentes”, disse Mané, criador do grupo. Além da ajuda às instituições carentes, o conjunto luta contra o preconceito aos homossexuais. “Nós temos amigos que são gays e isso me mostrou que é importante mostrar que eles tem valores. No começo, alguns do ‘Amor’ tinham um certo preconceito, mas perceberam que é preciso conviver com as diferenças”, completou Emanuel. Para continuar mantendo o sonho de 30 pessoas, número de integrantes no ‘Amor Eterno’, o grupo sobrevive de eventos privados nos quais é cobrada uma taxa que varia de acordo com a quantidade de dançarinos que se apresentam, normalmente são solicitados dez casais e o valor cobrado, neste caso, é de R$ 800 + transporte. Este valor é revertido para manutenção dos figurinos, calçados, acessórios, maquiagens, além do momento social.[youtube LBCM-BQUojQ]

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