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| Hábito típico utilizado na celebração do encantamento |
Eles já viviam no sertão do Rio São Francisco a mais de 5 mil anos, essa informação pode ser confirmada por arqueólogos que já encontraram 54 sítios de ocupação desses povos na pré-histórica. Os índios do Norte da Bahia, foram uns dos que mais sofreram e foram massacradas pela colonização e pela disputa de terras.
Um das tribos, a Pankararê, fica localizada no Município da atual nova Glória, - a velha cidade foi inundada pela barragem Moxotó. No mês de agosto, em celebração a São Roque os indígenas fazem uma romaria de 40km até as margens do Rio, onde entoam cantigas católicas (fruto da ação dos catequização dos jesuítas) e realizam o tradicional, o toré - ritual sagrado dos povos indígenas.
A "ciência" dos índios pankararê, é outro que também merece atenção, e inclui práticas secretas, com o uso do cankrió (chocoalho) e o maracá. O momento da cura ocorre no Poró, onde os índios se reúnem em uma casa, uma vez por semana, e promovem uma série de encantamentos voltados para a cura de diversas doenças. Neste território sagrado, os não-índios não podem entrar.
Outro momento encantando para aquele povo, é quando eles saem em procissão pelo Caatinga e param em diversas árvores sagradas, cantando, em penitência. O trajeto tem quase duas horas até um cruzeiro, nas pedras do Amaro, como são chamadas por eles. Neste momento é a hora de pedir força e saúde ao santos encantados.
A cidade - O município de Glória está localizado a 514 quilômetros de Salvador, é banhada pelas águas do Rio São Francisco e faz fronteiras com os estados de Pernambuco e Alagoas. Denominada “Curral dos Bois e Santo Antônio da Glória, à partir de 8 de julho de 1931, teve o seu nome simplificado para Glória. *
*Dados oficiais do site da prefeitura de Glória.
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