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SUSTENTABILIDADE

Produção de energia solar no Brasil crescerá dez vezes em 2017

A Bahia, que é líder no setor de energia solar fotovoltaica com 34% do mercado regulado (leilões), tem um alto potencial de geração com excelentes níveis de radiação no semiárido

Redação iBahia • 09/07/2017 às 8:00 • Atualizada em 28/08/2022 às 12:46 - há XX semanas

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"Eu creio que o mundo inteiro busca desenvolvimento como sustentabilidade, portanto a questão energética é central neste desafio. A fonte fundamental para promover a energia solar nós temos em abundância em nosso país, agora precisamos aproveitar o potencial existente para atrair uma energia que além de sustentável representa o futuro", afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jaques Wagner, nesta quarta-feira (5), durante a abertura do Brasil Solar Power, que está acontecendo no Rio de Janeiro. Organizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o evento é considerado o principal sobre energia solar fotovoltaica no país.

(Foto: CORREIO)

O futuro enunciado pelo secretário Wagner está mais próximo do que se imagina. A geração de energia solar fotovoltaica no Brasil irá crescer este ano dez vezes, em relação a 2016. Até dezembro, a previsão é de que o País chegará à marca de 1000 MW de capacidade instalada, o que coloca o Brasil na lista do seleto grupo dos 30 principais geradores da fonte no mundo. Segundo o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, a expectativa é de que a posição brasileira neste ranking mundial esteja entre as cinco primeiras, até 2030, em potência instalada anual.

A notícia tem um gostinho ainda melhor para os baianos, já que parte desta energia sairá da Bahia, mais precisamente de Bom Jesus da Lapa, onde quatro usinas solares (120MW) receberam na última sexta-feira (30 de junho), o aval da ANEEL para operar comercialmente. Quando o maior complexo de geração de energia solar do país da Enel Green Power estiver em pleno funcionamento, serão gerados um total de 384 MW compostos por 14 parques.

As políticas para o desenvolvimento do setor solar como tributação de equipamentos e maquinários, Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays (PADIS) e regras do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne todas as secretarias de Fazenda estaduais, além da ausência dos leilões e linhas de transmissão também foram pauta entre as autoridades e empresários do segmento.

Wagner defende que se faça uma parceria entre o setor privado e os governos estaduais e federal para garantir a atração de investidores e a perenidade dos investimentos. "Estou à disposição como secretário de Desenvolvimento Econômico para receber investidores. Na Bahia, a gente procura sempre colocar o chapéu onde a mão alcança, como eu gosto de dizer a todos que nos procuram, de tal forma que possamos cumprir com tudo aquilo que for contratado por aqueles que estiverem investindo em energia sustentável no estado", finaliza.

Durante o Talk Show que aconteceu no período da tarde, o superintendente de Promoção do Investimento da SDE, Paulo Guimarães, afirmou que a Bahia está preparando uma política estadual voltada para o incentivo do setor de solar fotovoltaica com simplificação de licenças ambientais e programa de financiamentos e incentivos que será apresentado ao setor e sociedade em breve.

"Ainda precisamos avançar muito na questão da tributação dos equipamentos e maquinários, chegar a um consenso entre os estados quanto a tributação do Confaz e avançar na questão do financiamento que não está disponível para pessoa física e atrapalha a micro e minigeração. Entretanto a SDE está preparada para receber o investidor e oferecer toda estrutura necessária para apoiar com isenção do ICMS e com os órgãos governamentais como Inema, CDA e Iphan", afirma Guimarães.

Bahia

A Bahia, que é líder no setor de energia solar fotovoltaica com 34% do mercado regulado (leilões), tem um alto potencial de geração com excelentes níveis de radiação no semiárido, proporcionando investimento e desenvolvimento em uma região menos favorecida. O estado tem 49 projetos de energia fotovoltaica com investimento total de R$ 6,1 bilhões e potência total de 1,5 GW, sendo 32 deles do mercado regulado (leilões) e o restante de mercado livre.

Além da posição privilegiada, a Bahia tem as melhores reservas de areia silicosa na mina de sílica de Santa Maria Eterna no sul do Estado (município de Belmonte), necessária para fabricação de vidro grau solar, e do quartzo de Brotas de Macaúbas, matéria-prima do wafer, componente responsável pela conversão da radiação em energia elétrica.

"A Bahia é o estado que lidera hoje em dia o ranking nacional de estados em usinas de energia solar fotovoltaica de grande porte. O estado é o número 1 do Brasil no segmento de geração centralizada solar fotovoltaica com mais ou menos 1/3 de todas usinas que já foram contratadas no país, são mais menos 1GW de 3,3 GW, que serão construídos até o final de 2018", afirma Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.

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