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Prova de língua estrangeira exige bom vocabulário e interpretação

Acostumado às questões de gramática e ao famoso verbo To Be, cobrados nas aulas e provas de inglês na escola? E os artigos, assunto comum nas lições de espanhol? Pode esquecer – mas não muito.

• 12/10/2013 às 9:12 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:25 - há XX semanas

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Para se sair bem nas provas de Língua Estrangeira do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o aluno terá que ter mesmo é vocabulário. Assim como nas demais provas do exame, que acontecerá nos dias 26 e 27 de outubro, será preciso interpretar textos e ficar atento aos assuntos da atualidade para garantir uma boa nota. Desde 2010, a prova do Enem traz cinco questões de Língua Estrangeira Moderna (LEM), em que o candidato opta por Inglês ou Espanhol. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, explica que o estudante precisa “conhecer e usar língua(s) estrangeira(s)moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e sociedades”. Na prática, é preciso traduzir bem e, consequentemente, ter uma boa interpretação de texto. "A prova de Língua Estrangeira é uma prova de leitura. Quem tem vocabulário, traduz bem, entende melhor e também interpreta melhor”, explicou o professor de Espanhol Márcio Domenico, dos cursinhos Grandes Mestres e Universitário e dos colégios Mendel e Sacramentinas.
ATENÇÃO O que pode ser um problema na prova é o eventual desleixo dos estudantes à leitura e à tradução de texto. Para o professor de Inglês César Leal, do curso de idiomas da Associação dos Ex-Alunos da Universidade do Estado da Bahia, a cobrada interpretação de texto nas últimas provas do Enem tem recebido pouca atenção da maioria dos alunos. Em alguns casos, faltam tempo e dedicação. Em outros, ferramentas. A professora Ana Maria Rocha, do Colégio Estadual Eraldo Tinoco, diz que os livros de inglês chegaram há apenas cinco anos aos estudantes de escolas públicas. “A gente trabalha com o que pode e tenta trazer para a realidade deles. A parte gramatical é pouco cobrada, hoje em dia eles precisam mais do entendimento do texto”, disse. “Como muitos não vão conseguir ter tempo suficiente até a prova, recomendo que estudem muito os tempos verbais, o presente simples, o pretérito e o presente perfeito, que aparecem muito nos textos técnicos e literários”, alertou o professor César Leal. Ele chamou atenção também para os conectivos e os afixos, esses últimos pouco abordados nos livros didáticos: “Os afixos acabam sendo assunto paralelo e são fundamentais para compreender os textos”. Na escola e no cursinho pré-vestibular, o mais comum durante as aulas é a abordagem de questões de gramática, que são cobradas nas provas de vestibular, mas não no Enem. Para a estudante Natália Walsh, 19 anos, a melhor estratégia para a prova de Língua Estrangeira tem sido resolver questões antigas e se habituar às leituras.“As questões são de interpretação de texto, então é uma abordagem mais sobre vocabulário. Você tem que treinar fazendo outras provas, lendo textos em inglês, porque você não tem como saber que texto vai cair. A prática de ler sempre ajuda”, contou. Natália, que quer cursar Medicina, optou pelo Inglês na hora de se inscrever para o Enem. Já Caio Brandão, 18 anos, escolheu o Espanhol. “Leio textos para treinar o vocabulário, já que a língua é mais parecida com a nossa”, disse. Para Caio, a interdisciplinaridade deve ajudar. “No ano passado, caiu muita coisa sobre Biologia, Mal de Parkinson. Ficou mais fácil porque eu já sabia a parte de Biologia”, contou. Caio busca uma vaga em Engenharia Química.
Uma vez escolhido, o idioma da prova só pode ser trocado durante o período de inscrições - já encerrado. No momento da prova, o estudante precisa responder apenas às questões do idioma pelo qual optou e que consta no cartão de confirmação, segundo o Inep. Desde 2010, o Espanhol tem sido o idioma preferido dos candidatos.
A proximidade entre as línguas espanhola e portuguesa pode justificar a quantidade de estudantes que optam por este idioma nas provas do Enem.
Este ano, 4.427.386 estudantes que vão fazer a prova em todo o Brasil escolheram o espanhol, enquanto quase a metade - 2.746.401 - optou pelo inglês. Mas, para o professor Domenico, as questões estão mais difíceis: “Para o estudante cuja língua materna é o português, é muito mais fácil compreender o espanhol, já que a prova é de leitura. Mas não conhecer algumas palavras pode atrapalhar”.
PEGADINHA No espanhol, vocábulos, principalmente conectivos, muito comuns nos textos, são essenciais ao entendimento do aluno. Domenico usa como exemplos a palavra “mientras”, que significa “enquanto”, ou a expressão “sin embargo”, que significa “entretanto”. Não conhecer expressões como essas, para ele, pode ser crucial.
Já no inglês, é preciso ter atenção com os falsos cognatos, os vocábulos que “parecem, mas não são”. Para ajudar, o professor César Leal dá um exemplo: “Eles aparecem com certa frequência, mas não chegam a comprometer muito. Por exemplo, a palavra ‘pretend’, que as pessoas podem achar que é ‘pretender’, na verdade significa ‘sentir’”.
Caio optou por responder as questões em Espanhol, enquanto Natália fará a prova de Inglês. Os dois sabem que é preciso compreender e interpretar bem os textos na avaliação
Questões variam em linguagem e abordam temas da atualidade
Nas provas dos últimos três anos, as questões de Língua Estrangeira do Enem têm cobrado interpretação de texto aliada a atualidades. “O aluno que é um bom intérprete e está antenado estará bem preparado para a prova do Enem”, disse o professor de Espanhol Jéferson Santana, do Sartre COC. As questões vêm estruturadas com enunciado em forma de texto jornalístico, literário ou poesia, mas também imagens publicitárias, charges ou tirinhas. As opções de respostas vêm em português, como nos exemplos ao lado e abaixo. Elas abordam economia, política, gênero e também poderão trazer temas como a espionagem americana. A professora de Inglês Zenaide Ribeiro, do Colégio Estadual Luiz Viana, diz que as atualidades podem ser um problema para muitos alunos. “Os alunos olham um gráfico, mas não veem. Eles precisam colocar o tico e o teco para funcionar”, brincou.

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