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Realidade virtual: o que é, para que serve e qual o seu futuro

Bastante utilizada em jogos, VR tem ganhado força em outras áreas

Redação iBahia • 09/08/2018 às 14:35 • Atualizada em 26/08/2022 às 19:52 - há XX semanas

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A Realidade Virtual (VR, do inglês Virtual Reality) é um dos temas mais importantes quando o assunto é transformação digital. Mas, se antes era vista somente como de grande utilidade aos amantes dos jogos, atualmente a discussão vai muito além disso.

VR é uma tecnologia aplicada a uma interface que conecta o usuário, por meio de um sistema informatizado, para construir uma plataforma realista e proporcionar ao visitante uma sensação de que o que se está vendo é praticamente parte do real. "A ideia é criar um ambiente gerado por um computador, sintético, tridimensional e imergir o usuário nesse ambiente 3D. O objetivo é tentar iludir os sentidos do usuário no mundo virtual e fazer com que ele possa interagir com os elementos que aparecem nesse ambiente", explicou Antonio Carlos Sementille, professor do Departamento de Computação da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

A tecnologia é considerada "vestível" e, comumente, é apresentada com um óculo ou capacete para possibilitar que o ambiente virtual mantenha o usuário imergido num no digital. A ideia da realidade virtual é fazer uma projeção do que é real em espaço virtual ao mesmo tempo, baseado nas técnicas e ferramentas tecnológicas com o intuito de ampliar a sensação de realidade ao usuário.

"No simulador é necessário ter um elemento, como um avatar, que pode ser um personagem, uma mão ou algo que o usuário possa manipular esse objeto 3D", afirma o especialista em realidade virtual.

Há quem confunda vídeos 360º com a realidade virtual, que se caracteriza, principalmente, por ser uma criação humana – não uma filmagem de um ambiente real. Ele permite interação e não somente a mudança de posição da visão do usuário.

Outra comparação que é feita acontece entre a realidade virtual e a aumentada. "Na VR tudo que é apresentado ao usuário é virtual, ou seja, não permite que o usuário veja o real. Já na VA [realidade aumentada] a ideia é preservar a ideia do mundo real ao usuário e aumentar a percepção da realidade através de elementos virtuais", disse Sementille.

O futuro da tecnologia VR
Sendo estudada desde a década de 1960, a realidade virtual ganhou força nos últimos anos e tem sido explorada cada vez mais em várias áreas. Uma pesquisa realizada pela Goldman Sachs mostrou que até 2025 o setor desta tecnologia estará movimentando U$ 85 bilhões. E grande parte desse crescimento não está relacionado apenas ao mercado de entretenimento.

"O futuro vai incorporar cada vez mais essa tecnologia e alavancar as aplicações da realidade virtual e realidade aumentada", analisou o professor Antonio Carlos Sementille, que listou algumas áreas em que podem ser aplicadas a VR, como a Medicina, Psicologia, Engenharia e Educação. "Potencialmente, ela pode ser aplicada em qualquer área de conhecimento. Na medicina é importantíssima, pois permite que médicos ou estudantes de medicina possam reconhecer ou entender determinado procedimento médico, antes de realizar um procedimento. É possível também criar coisas que não são possíveis como viajar por dentro de uma veia."

Segundo o especialista, na área da psicologia já "existem tratamentos de fobias, projetos, que simulam o ambiente que causam fobia para que a pessoa tenha isso controlado" e na engenharia, "que permite que o usuário consiga modelar diversos tipos de equipamentos e fazer alguma prototipagem para testar antes de criar um produto propriamente dito".

Desafios da realidade virtual
Mas, se a VR está sendo aplicada cada vez mais em diferentes áreas, os seus desafios também aumentam com o passar do tempo. O primeiro deles é a movimentação do usuário num ambiente. "A forma tradicional de fazer isso é permitindo que a pessoa use um joystick, uma alavanca. No mundo real a gente precisa andar, ou seja, quando você move uma alavanca, para andar no mundo virtual, isso provoca uma reação diferente", comentou o professor da Unesp.

"Outro desafio é o retorno tacto, que você precisa sentir as coisas. As soluções normalmente são usar coisas como uma luva para dar a impressão de que está segurando algo. E a maior das dificuldades é estimular outros sentidos, como o paladar ou olfato", analisou Sementille.

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