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Saiba como perceber se o seu filho sofre de ansiedade

Psiquiatra aponta causas e principais sintomas do transtorno

Redação iBahia • 24/10/2018 às 21:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 22:24 - há XX semanas

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Como seu filho se comporta com a chegada do fim do ano? Neste período, a preocupação com as notas da escola costuma aparecer junto à empolgação das férias. Para lidar com esse comportamento, é preciso observar se crianças e adolescentes estão apresentando ansiedade ou se apenas têm grandes expectativas.

Foto: Divulgação

O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo, segundo estimativas recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o psiquiatra Fabio Barbirato, ansioso assumido, os sintomas levantam as principais suspeitas, mas só podem ser diagnosticados como transtorno quando prejudicam o desempenho social e profissional:

— A ansiedade é marcada por indícios como dificuldade de concentração, insônia e preocupação excessiva. Costuma ser acompanhada de sintomas físicos, principalmente em crianças e adolescentes, como dores de cabeça e no estômago. O ansioso antecipa situações que o tiram da zona de conforto, o que chamamos de ansiedade antecipatória. Tudo isso deve ser tratado clinicamente quando é percebido algum comprometimento no dia a dia — explica Barbirato.

O especialista conta que crianças expressam ansiedade chorando, ficando paralisadas, agarrando-se aos pais, ou mesmo com as chamadas “birras”. Ele também percebe que existem barreiras comuns que impedem os adultos de buscarem ajuda para seus filhos, como a falta de conhecimento de problemas de saúde mental e as maneiras de tratá-lo. Ainda de acordo com Barbirato, o transtorno pode surgir de problemas familiares:

— Os responsáveis, em alguns momentos, podem ser os causadores da ansiedade nas crianças. Insegurança afetiva, como falta de carinho e rejeição, desenvolve os sintomas. O comportamento dos pais também é determinante, seja excesso de controle, superproteção, crítica destrutiva, agressividade parental, conflitos e brigas explícitas entre o casal — conta.

Existem estudos que percebem a ansiedade na infância como um fator de risco para o desenvolvimento de diversos transtornos de ansiedade, entre eles o de pânico e alterações de humor na vida adulta. A adolescência fica no meio do caminho, e pode ser um período preocupante para os ansiosos:

— O desempenho escolar pode indicar o transtorno em crianças e adolescentes. Costumam se recusar a ir à escola, são perfeccionistas, inseguras e têm preocupação excessiva com a competência e qualidade do desempenho, mesmo quando não estão sendo avaliados — aponta o médico.

O ensino médio pode ser preocupante para alguns adolescentes. O excesso de matérias escolares e provas finais, aliado ao vestibular e à escolha da profissão, costumam provocar o transtorno ansioso nos estudantes:

— Adolescentes podem apresentar ataques de raiva desencadeados por pressões sociais, mudanças na vida ou demandas de desempenho. Devido à preocupação com o futuro, é necessário ficar atento à importância irrealista que eles dão à competência na escola. Os dias de prova também costumam ser angustiantes para eles, porque ficam aflitos com a pontualidade e imaginam que tudo pode dar errado, desde a dificuldade da chegada até a execução dos exercícios — alerta.

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