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'Sonhava ver meus ossos aparecendo', revela mulher de Leifert

Daiana Garbin desabafou sobre transtorno alimentar

Redação iBahia • 17/05/2018 às 12:36 • Atualizada em 28/08/2022 às 7:09 - há XX semanas

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Uma doença que está à espreita, muitos têm e não sabem. O transtorno alimentar é um destes problemas da era moderna, mas já frequentam as salas de terapeutas há muito tempo. Que o diga Daiana Garbin. A jornalista sofreu por mais de 20 anos para relaxar e poder fazer as pazes com seu corpo que, veja bem, não tinha nada de errado.

“Desde os meus 12 anos, vivi como se fôssemos dois seres diferentes – ‘eu’ e ‘meu corpo’. Costumava me referir a ele como um ser estranho, distante, um inimigo, algo de que eu não gostava e que não fazia parte de mim. Sonhava ver meus ossos aparecendo sob a pele, e essa obsessão me perseguiu por mais de 20 anos”, conta ela.

No próximo domingo, às 17h, Daiana estará no Shopping Tijuca, na Zona Norte do Rio, para um encontro e um bate papo sobre o assunto que aflige uma sociedade inteira. A jornalista acaba de lançar o livro “Fazendo as pazes com o corpo” e comemora dois anos do canal “Eu vejo”, no Youtube.

Até se expor, no entanto, demorou. “O canal EuVejo no YouTube tem quase 100 mil inscritos e mais de 2 milhões de visualizações. O meu livro já está na terceira reimpressão e esteve duas vezes na lista dos mais vendidos do Brasil. Isso mostra como as mulheres sofrem, como os transtornos alimentares são muito mais comuns do que a gente imagina e como precisamos falar sobre isso”, avalia.

Quando se deu conta que podia dar uma voz ao problema que sempre a afligiu, Daiana largou o emprego na TV Globo e partiu para o voo solo e uma missão. “Eu amava trabalhar na Globo, mas decidi que queria me dedicar ao EuVejo e a escrever meu livro e seria impossível fazer tudo ao mesmo tempo”, justifica ela, que é casada com o apresentador Tiago Leifert.

O jornalista, inclusive, ajudou muito Daiana nesse processo de aceitação. A jornalista não esconde que fez uso de tudo que é remédio “milagroso” para atingir um objetivo que nem ela mesma sabe dizer se era real: “A minha relação com a alimentação era um inferno. Era uma sensação de inadequação, de vergonha, de total estranhamento em relação ao meu corpo e eu sempre tive muita vergonha de sentir isso”.

Com o canal, Daiana já consegue apontar alguns quadros preocupantes. “Três coisas me preocupam demais. Tem três coisas que me preocupam demais: A quantidade de pessoas com transtornos alimentares, inclusive famosas, modelos, blogueiras e homens; As pessoas com transtorno alimentar não fazem ideia da origem do sofrimento. Pensam que é vaidade, que apenas desejam a magreza, e não é isso! A questão é extremamente profunda; a indústria da beleza e a mídia têm um papel imenso no desenvolvimento dos transtornos alimentares porque fazem a mulher se sentir sempre inadequada. Nos mostram que o nosso corpo é um molde de massinha, possível de modelar até ficar perfeito”, aponta ela, que critica:

“A indústria da beleza faz a mulher esquecer que é um ser vivo, que nasceu com uma estrutura óssea e muscular diferente da dos outros, que cada corpo tem um formato e um tamanhos únicos. Precisamos refletir: por que vamos permitir que a indústria da moda, da beleza, os estilistas, as revistas, a indústria das dietas, as blogueiras, a internet, as redes sociais, a televisão e o cinema digam como o nosso corpo deve ser? Quem disse que existem corpos certos e errados? Errado é você adoecer para tentar transformar o seu corpo em uma fotografia perfeita. O corpo não pode ser uma prisão”.

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