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SALVADOR

Tire suas dúvidas sobre a mudança anunciada na poupança

Se o BC reduzir os juros no final de maio para 8,5%, como é a expectativa do Palácio do Planalto, os novos depósitos passam a seguir o novo sistema

• 04/05/2012 às 8:38 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:39 - há XX semanas

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A partir de hoje, as regras de remuneração da caderneta de poupança vão mudar. Mas especialistas dizem que não há motivo para grande preocupação: o novo modelo vale apenas para novos depósitos. Os que já existem continuam com os mesmos cálculos de rendimento.
As modificações não acontecerão sempre, apenas quando a taxa básica de juros do Banco Central, a Selic, for igual ou inferior a 8,5% ao ano - hoje ela está em 9%. Nesse caso, as novas cadernetas de poupança e os novos depósitos terão seus rendimentos calculados com base em 70% da Selic, acrescidos da TR (Taxa Referencial). Enquanto a taxa do BC estiver acima de 8,5%, nada muda, inclusive para as novas poupanças, que continuam a ter a correção de 6,17% ao ano mais TR, como funciona hoje. Ou seja, até o final do mês, nos dias 29 e 30, quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne para decidir a nova taxa de juros, todos os depósitos da poupança, velhos e novos, seguem a correção atual. Se o BC reduzir os juros no final de maio para 8,5%, como é a expectativa do Palácio do Planalto, os novos depósitos passam a seguir o novo sistema. Exemplo: um poupador que tinha até ontem uma caderneta com saldo de R$ 50 mil não terá sua remuneração alterada. Mas, se ele fizer um depósito de R$ 10 mil hoje, a correção apenas desse valor ficará sujeita à nova regra. Pelos cálculos da equipe econômica, com base nas novas regras, quando a Selic cair para 8,5%, a nova poupança terá uma correção de 6,2% ao ano. Se cair para 8%, o rendimento será de 5,6%. Se for reduzida para 6%, os novos depósitos ou contas da poupança terão correção de 4,2%. A mudança entra em vigor hoje por meio de medida provisória e foi uma decisão da presidente Dilma Rousseff para liberar o Banco Central a seguir reduzindo a taxa de juros básica (Selic), já que ela serve como referência para todo o mercado financeiro. A medida foi anunciada na noite de ontem em entrevista à imprensa pelo ministro Guido Mantega (Fazenda). Na ocasião, ele afirmou que a expectativa é que os bancos possam emprestar dinheiro com custos menores e assegurou que as mudanças não são motivo para preocupação. “Todos os direitos estão sendo garantidos para os aplicadores, sem quebra de contrato”, garantiu. Nas contas da equipe econômica, uma taxa de juros de 8,5% já começa a provocar fuga de recursos de outras aplicações financeiras, como os fundos de investimento, para a poupança, causando desequilíbrios para o sistema financeiro e dificuldades para o governo arcar com suas dívidas vendendo títulos públicos. AcertoPara o professor de Economia Luciano Lisboa, da Unifacs, o governo acerta ao tomar a medida para baixar os juros da economia. “Ainda estamos entre os países com as taxas de juros mais altas do mundo”, lembra. Segundo ele, a queda nos juros alavanca o investimento em produção, o que é benéfico para o Brasil. Ele acrescenta, porém, que juros muito baixos podem afugentar investimentos externos. “Nossa economia é muito dependente desses investimentos que vêm de fora”. Segundo Lisboa, a medida evita que a poupança fique muito atrativa a investidores de outras aplicações, o que poderia causar danos à economia como um todo. “A poupança e outras aplicações de renda fixa têm atratividades muito parecidas para o pequeno aplicador. O ideal é que elas continuem assim”. Ele não acredita que haverá fuga de recursos da poupança, pela familiaridade do brasileiro à caderneta.

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