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MÚSICA

Cascadura lança na internet Aleluia, quinto álbum de carreira

Na nova empreitada, os “titulares” da banda contaram com o antigo parceiro e produtor andré t, que já esteve com eles em Vivendo em Grande Estilo (2004) e Bogary (2006)

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08/05/2012 às 12:45 • Atualizada em 04/09/2022 às 7:22 - há XX semanas
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Ela é baiana, surgiu pouco após a explosão do rock nacional dos anos 80 e está na estrada, ainda vivíssima, há exatos 20 anos. A banda Cascadura, já chamada de Dr. Cascadura, lança hoje, na internet, o quinto álbum da carreira, Aleluia, seis anos após Bogary. Na nova empreitada, os “titulares” da banda, Fábio Cascadura (voz e guitarra) e Thiago Trad (bateria), contaram com o antigo parceiro e produtor andré t, que já esteve com eles em Vivendo em Grande Estilo (2004) e Bogary (2006). As 22 faixas estão disponíveis gratuitamente para download no site www.bandacascadura.com/aleluia. Em julho, o CD chega às lojas com um belo trabalho gráfico dos artistas Izolag e Ananda Nahu, que complementa o ótimo som de Aleluia. “Já havíamos feito com andré t trabalhos muito significativos, que foram o EP dos dez anos da banda, além dos álbuns Vivendo em Grande Estilo e Bogary. Por isso, não tinha como ser outro nome”, diz Fábio Cascadura, 42. Depois de viverem três anos em São Paulo, os integrantes do grupo voltaram para Salvador e fizeram um disco com a cara da Bahia, com direito a faixas que falam de Salvador, como A Mulher de Roxo, com participação de Pitty, e Soteropolitana, um panorama sobre a capital baiana. No trabalho, vencedor do edital de apoio à produção da Fundação Cultural do Estado/2009, foi investido em torno de R$ 64 mil. Baianidade - Soteropolitana tem, como a cidade, forte presença africana: “Enquanto eu fazia pesquisas para o disco, realizei conexões entre os elementos gerados na música ocidental a partir da diáspora negra. Os escravos distribuíram a cultura deles em todas as américas. Notamos isso no Sul dos EUA e também na música brasileira. O Brasil deve muito, senão tudo, ao Nordeste”. Soteropolitana é, para Fábio, um decalque de Street Fighting Man, dos Rolling Stones. Sonoridade que, aos poucos, se funde ao samba-reggae. Sobre a letra, Fábio diz que é uma catarse de coisas boas e negativas com as quais os soteropolitanos vivem. “Salvador precisa de uma virada positiva, que traga de novo a autoestima do baiano, que está em baixa. De uns anos pra cá, há mais grana rolando na cidade, mas não há felicidade. A gente vê isso nos espaços coletivos, como no cinema, onde as pessoas não se respeitam. A cidade tem uma confluência bacana de pessoas e precisa retomar isso”. A Bahia está presente em todo o disco, representada por diversos convidados que dividem o vocal com Fábio ou enriquecem os arranjos, como é o caso de Letieres Leite & Orquestra Rumpilezz, em To Your Head. “Encontrei Letieres Leite uma vez e ele, que havia trabalhado com a Retrofoguetes, disse que queria fazer alguma coisa com a Cascadura. O Aleluia caminhava para esse encontro com artistas daqui e eu gostava muito do disco do Letieres, então a gravação combinou bem com ele”. Essa é a primeira composição do grupo em inglês. Apesar do idioma, a Bahia está muito presente na faixa, já que cada uma de suas estrofes fala sobre um orixá. “Letieres deu boas referências, desenvolveu o arranjo e aceitamos praticamente ‘de primeira’. Ele regia numa velocidade impressionante, que só ele e os músicos, uns oito ou nove, acompanhavam”, conta. Mulher de roxo - A escolha de Pitty para A Mulher de Roxo, diz Fábio, deu mais vigor à música, que fala de uma personagem que dificilmente teria chance de surgir hoje . “A Mulher de Roxo emerge como uma figura que respalda um comportamento machista, tradicional. Essa mulher é uma figura reprimida, estranha, na contramão de muita coisa, como a cidade é”. Segundo ele, a banda pensava numa mulher cujo canto traduzisse o vigor da música e, por isso, só lembrou de Pitty. Os convidados do primeiro álbum duplo do Cascadura não param aí. Móveis Coloniais de Acaju está na faixa homônima que abre o CD; o percussionista Gabi Guedes está em Lá Ele!; Jorge Solovera aparece em Os Reis Católicos e no arranjo de Nunca Imaginei, composição de Fábio com Nando Reis. E Ronei Jorge, além de compor com Fábio Dava pra Ver, divide o vocal com ele na música. Que crise? - Com a experiência de 20 anos à frente da Cascadura, Fábio reconhece que o rock mudou: “Antes, havia um cara sentado no trono que ditava o que seria tocado. E o modelo de distribuição foi praticamente o mesmo durante 100 anos. Talvez o rock hoje seja realmente menos popular, mas, aos 42 anos, prefiro me preocupar com outras coisas. E, se o rock está em crise, vamos ficar atentos, pois aí que surgem oportunidades”. E a crise parece mesmo não afetar a banda, que teve o privilégio de participar da primeira versão brasileira do Lollapalooza, mês passado, em São Paulo. “A experiência foi ótima! A estrutura é impressionante e o som, excelente. O público conhecia as músicas e cantava com a banda”, comemora Fábio. Ainda não há previsão de show de lançamento de Aleluia, mas em julho o Cascadura volta aos palcos no Rock Concha, quando se apresenta no mesmo dia do Agridoce, projeto paralelo de Pitty e do guitarrista Martin Mendonça. Álbum: Aleluia Artista: Cascadura Produção: andré t Gravadora: independente Preço do CD: a definir, a ser lançado em julho Download gratuito, já disponível no site www.bandacascadura.com/aleluia

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