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MÚSICA

Lado instrumental de João Bosco ganha destaque em DVD e CD

Gravado no estúdio Visom, no Rio, o disco reúne releituras de composições

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10/06/2012 às 12:41 • Atualizada em 29/08/2022 às 16:50 - há XX semanas
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João Bosco gravou 40 Anos Depois, no Rio, ao lado de antigos parceiros, como Milton Nascimento, João Donato, Toninho Horta e Chico Buarque
Ele nasceu João Bosco de Freitas Mucci, mais ficou conhecido mesmo como João Bosco. Mineiro de Ponte Nova, este cantor, compositor e exímio violonista, 66 anos, completa em 2012 um feito para poucos. Afinal, quatro décadas na estrada, definitivamente, não é para qualquer um. Para celebrar o marco, acaba de lançar o CD e DVD 40 Anos Depois (Universal). Gravado no estúdio Visom, “o mais moderno do Rio de Janeiro”, segundo o próprio, o disco reúne releituras de composições suas e outras que há tempos o artista queria cantar. Além de trazer convidados especiais. Feliz com a comemoração, Bosco, que este ano é o homenageado da 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira (ver texto ao lado), concedeu entrevista por telefone ao CORREIO, durante o intervalo de um ensaio para a premiação. Na conversa, falou da satisfação por estes 40 anos, dos amigos parceiros e de sua paixão pela música. “A música para mim é uma grande alegria, desde garoto, em Minas Gerais. Sempre quis caminhar com ela. Durante esse período, de muita construção, vários parceiros e intimidade é bom ver que tudo isso vira luz na forma homenagens e destaque”, conta. Jazz no sambaLogo na abertura do álbum, o conterrâneo Milton Nascimento, ao lado de outro convidado, o músico Toninho Horta, dá nova voz à barroca Agnus Sei. A música, de Bosco e Aldir Blanc, é a mesma que abre o primeiro álbum da carreira de Bosco, de 1972, O Tom de Antônio Carlos Jobim e o Tal de João Bosco. Não vá achando, no entanto, que vai encontrar as músicas que marcaram a carreira deste cantor popular. Carregado no jazz, em meio a sambas com arranjos sofisticados, o repertório do disco parece ser uma celebração à sua rica formação instrumental. “O critério para a escolha das músicas foi não repetir as bastante conhecidas do grande público, porque estas já estão no ao vivo Obrigado, Gente, gravado em 2006”, afirma. Para em seguida explicar o porquê do ritmo mais lento do disco. “Minha formação tem uma grande influência da música instrumental, nacional e americana. Você Ainda Não Ouviu Nada!, de Sérgio Mendes, por exemplo, foi muito importante para mim. Um marco na música instrumental pós-Bossa Nova. Assim como Tom Jobim também o foi”, garante Este último, aliás, é tido como o padrinho musical de Bosco. Já Aldir Blanc, “um parceiro atual, de fé. Do início, em 1972, até hoje”. Juntos, os dois escreveram mais de uma centena de clássicos, como O Bêbado e a Equilibrista, Falso Brilhante e Corsário. Em 40 Anos Depois, há sete letras compostas pela dupla. Convidados Além de Milton Nascimento e Toninho Horta, outros quatro artistas participam do DVD, que tem 20 faixas: Chico Buarque, João Donato e Roberta Sá, além do grupo Trio Madeira Brasil. A bela voz de Roberta é um refresco na regravação da canção De Frente Pro Crime, mais uma da dupla Bosco e Aldir Blanc. O grupo de cordas Trio Madeira Brasil participa de duas faixas. Além de executar De Frente Pro Crime, está também em Plataforma. Mas a participação mais esperada mesmo é a de Chico Buarque. O carioca aparece duas vezes no DVD. Na divertida Bom Tempo, música sua, e no samba O Mestre-Sala dos Mares, ambas cantadas em duo com Bosco. A particicipação de Chico não é casual. “Ele é admirável. Compositor de obras-primas. Sou parceiro dele em três momentos: em Mano a Mano, que tem Vai Passar. Depois, juntamente com Caetano (Veloso), gravamos o Pagodespell, uma mistura de pagode com música gospel. E agora, em 2011, com a nova Sinhá”, lembra João Bosco. Prêmio da Música Brasileira escolhe os melhores de 2012A noite de gala da música brasileira será quarta-feira, no Theatro Municipal, no Rio, onde acontece a 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira 2012, que faz reverência ao talento de João Bosco. No total, 111 artistas foram selecionados a partir dos 735 CDs e 93 DVDs inscritos - distribuídos em 16 categorias. Este ano, a revelação é o cantador de coco pernambucano Herbert Lucena, com quatro indicações. Com o disco Não Me Peçam Jamais Que Eu Dê de Graça Aquilo que Eu Tenho Pra Vender, seu segundo trabalho, o artista nascido no Recife e criado em Caruaru concorre nas categorias Revelação, Melhor Disco e Cantor Regional e Projeto Gráfico. A extensa lista desta edição do prêmio destaca ainda o rapper paulista Criolo, que concorre a Melhor Disco (Nó na Orelha), Cantor e Revelação. A categoria com o maior número de CDs selecionados foi a de MPB, com um total de 87. É nela que Chico Buarque concorre a Melhor Álbum (Chico) com Rosa Passos (É Luxo Só) e Dori Caymmi (Poesia Musicada).
Milton Nascimento canta a barroca Agus Sei, parceria de João Bosco e Aldir Blanc, que abre o álbum festivo
BaianosGrande vencedora da categoria MPB, com seis prêmios recebidos ao longo da história do Prêmio da Música Brasileira, Gal Costa foi indicada pela primeira vez numa categoria que não é de MPB tradicional. Aparece como melhor cantora de Pop/rock/reggae/hip hop/funk, pelo álbum Recanto. O amigo Caetano Veloso, responsável pelo Recanto de Gal, concorre em duas categorias, com dois álbuns diferentes: Cantor com Zii e Zie Ao Vivo e DVD, com Caetano e Maria Gadú – Multishow Ao Vivo. Maior nome do rock feminino há alguns anos no país, a baiana Pitty tem sua primeira indicação ao Prêmio da Música Brasileira somente agora. Ela concorre na categoria grupo, com Agridoce, feito com o guitarrista Martin Mendezz. Para decidir os melhores álbuns do Prêmio da Música Brasileira, que é patrocinado pela Vale há três anos consecutivos, foram consultados 20 jurados, entre os quais há críticos, jornalistas e músicos de todo o país. No meio desses profissionais está o editor de cultura do CORREIO, o crítico musical Hagamenon Brito. Para analisar a categoria DVD trabalharam mais seis jurados específicos. No final, os três artistas mais votados em cada categoria são os que aparecem na lista de indicados ao Prêmio da Música Brasileira.

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