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Daniel e Licia falam sobre o fim da parceria |
Após 18 anos de parceria no camarote Daniela Mercury, no Carnaval de Salvador, a cantora e a promoter Licia Fábio reuniram a imprensa nesta quinta-feira (29) para falarem sobre o fim da parceria. Apesar do clima de separação no mundo empresarial, elas reforçaram a continuidade da amizade e falaram sobre as dificuldades em realizar projetos na folia baiana."Não é a parceria que está acabando, ela será eterna. Estou deixando de realizar o camarote", pontuou a cantora.
Veja também: Daniela revela data de novo álbum, tema do Carnaval e novidades da Parada Gay "Coincidentemente estamos usando a mesma cor de blusa [azul]. Viemos vestidas de Oxaguian", comentou Daniela antes de dar início à coletiva, que aconteceu na casa da artista, em Salvador, e que contou com a presença da jornalista Malu Verçosa - com quem Daniela assumiu uma relação amorosa recentemente. Como a proposta do encontro era falar sobre o fim do Camarote Daniela Mercury, a anfitriã da coletiva não entrou em detalhes do casamento. Com o foco nos negócios, Daniela deu continuidade à coletiva e disse que não era mais viável continuar realizando o camarote devido à falta de apoio no custeio das despesas do espaço. "O Carnaval cresceu muito. Durante 18 anos estamos realizando este camarote, mas a concorrência cresceu e cheguei a conclusão de que era muito esforço. Minha equipe ficava quase o ano inteiro dedicada na realização do camarote e do meu desfile na avenida e não dá mais", justificou a cantora. Apesar da separação, Lícia continuará com o espaço na Barra e nele vai realizar o seu camarote, que por enquanto ainda não está definido como será o funcionamento. A promoter não descartou a possibilidade de voltar a parceria com Daniela em um futuro próximo, mas salientou que ainda não pensaram como aconteceria. Entre um questionamento e outro, a rainha da axé music reclamou da falta de incentivo para os artistas continuarem a realização de seus projetos durante a festa momesca na Bahia. "Nós temos as passagens áreas e os pacotes de hotéis mais caros, talvez até do mundo. Isso traz um retorno para todo mundo, menos para o artista. A gente também precisa de um incentivo. Não é nada fácil como empresária realizar um camarote com um custo de R$7 milhões a cada ano", reclamou. "O governo investe em banheiros, policiamento, mas Carnaval não se faz só com isso. Estes são os deveres do estado. De 30 carnavais, 20 deles eu sou empresária de mim mesma. Eu arrisco meu patrimônio", pontuou a artista.
Carnaval incerto Daniela ainda não sabe se puxará o seu tradicional trio elétrico sem cordas. Segundo ela, tudo depende do apoio financeiro. "Se a gente conseguir um patrocínio, eu vou investir todo o dinheiro no trio. Nunca pensei em lucrar com o Carnaval", finaliza. Na falta do camarote, a artista cogitou fazer um camarote sobre rodas, mas não garantiu. Quando questionada sobre uma parceria com outro espaço durante a festa baiana, ela garante que não acontecerá e diz não ter planos de tocar no Campo Grande, pois os horários não atendem à necessidade.