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Após 20 anos, Virgílio (Humberto Martins) vai acertar as contas com Laerte (Gabriel Braga Nunes) nos próximos capítulos de 'Em Família'. Tudo começa quando o marido de Helena (Julia Lemmertz) viaja até Goiânia para expor umas peças suas e aproveita para rever amigos e sua antiga moradia. De acordo com a coluna 'Telinha', do jornal 'Extra', durante o passeio, Virgílio dá de cara com o lugar onde foi a despedida de solteiro de Laerte e resolve entrar. Minutos depois, ele encontra o rival, que aparece lá para relembrar o passado. "Não esperava te encontrar aqui", diz o artista plástico. "Mas a casa é minha. Você é que não devia estar aqui", fala Laerte. O marido de Helena fala que aquela casa faz parte da história dele e que, de algum modo, ela também pertence a ele. "Está tudo no mesmo lugar, do mesmo jeito que há vinte anos", diz Virgílio. Laerte corrige e diz: "Vinte e um". "Faltando um mês pra vinte e um", completa Virgílio. Laerte segue irônico na conversa e diz que se lembra bem do dia que mudou a vida deles. O marido de Helena rebate: "Da hora e dos minutos. Como diz a minha mulher: aquele dia não vai acabar nunca". Laerte se refere a ela como Leninha e o escultor não gosta. "Helena! Leninha é pra mim, pra você é Helena. (SORRI) Lembra quando você me dizia isso? Quando você me fazia repetir: 'Helena, fala, repete: Helena'. Lembra? E eu repetia, obedecia. Me sentia pequeno diante de você. Limpava a sua piscina. Muitas vezes fazia o seu dever de escola pra você pode passear. Minha mãe lavava e passava a sua roupa. Minha irmã Neidinha acompanhava sua mãe no supermercado pra carregar as sacolas de compras. Lembra?", pergunta. Virgílio continua a conversa ao lembrar que ele, a mãe a irmã trabalhavam para a família de Laerte. "Nos pagavam, podiam fazer tudo, não é? Pagavam por um trabalho e também pelo nosso silêncio. Não era assim que pensavam? Não era assim que agiam com todo mundo? Por isso ficaram tão indignados quando você foi algemado e arrancado do altar! Como é que desmoralizavam um filho rico da cidade só porque tinha enterrado vivo um empregado pobre da família?", pergunta. Laerte se defende: "Eu não enterrei você vivo. Pensei que estivesse morto!". "Eu não tenho que ficar ouvindo tudo isso tanto tempo depois! Fui processado, fui preso, paguei a minha conta. Não te devo nada! Nem atenção! Nem me sinto obrigado a ficar aqui ouvindo você falar!", diz Laerte. Virgílio fala que ele continua sendo um canalha e que será para sempre. Laerte, então, dispara: "Mas não pra sua mulher, não pra sua filha!". Ainda de acordo com a publicação, Virgílio, espumando de raiva, pega Laerte pela camisa e consegue suspendê-lo do chão, bem diante daquele tronco onde bateu com a cabeça e ficou desacordado, parecendo estar morto. "Poderia fazer com você a mesma coisa que você fez comigo. Olha!", diz ele, ao pegar a cabeça de Laerte e encostar no tronco. "Está reconhecendo? Cheira! Quem sabe ainda sente o cheiro do meu sangue! Heim?", provoca Virgílio, que esfrega o rosto de Laerte no tronco. Laerte grita e, instintivamente, procura a espora com a mão. Virgilio pega e coloca diante dos olhos do rival. "É isto que está procurando? Quer sentir a mesma dor que eu senti? Ficar com o mesmo sinal?", pergunta o marido de Helena. Cruel, ele passa a espora no rosto de Laerte, mas não o machuca. Os dois se agarram numa luta corpo a corpo, mas Virgilio se dá melhor e bate no rival. Em determinado momento, Laerte sai pela porta aberta, entra no carro e foge.