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Rafael foi atropelado dentro do Túnel Acústico, no Rio de Janeiro |
A Justiça do Rio condenou nesta sexta-feira (23) pai e filho envolvidos na morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, em um acidente em 2010. Rafael foi atropelado dentro do Túnel Acústico, no Rio de Janeiro, enquanto brincava de skate com amigos. Rafael de Souza Bussamra foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado e mais cinco anos e nove meses em semiaberto por dirigir o carro que atropelou o jovem em uma área fechada para o trânsito. O pai dele, Roberto Bussamra, foi condenado a oito anos em regime fechado e nove meses em semiaberto por pagar R$ 1 mil de propina a dois PMs para desfazer o local do acidente e evitar a prisão em flagrante do motorista. Rafael foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, homicídio culposo, inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico, afastamento do local do acidente para fugir à responsabilidade penal e participação em competição automobilística não autorizada. Ele teve a carteira de habilitação suspensa por quatro anos e meio. Roberto foi sentenciado pelos crimes de corrupção ativa e inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico. Após a condenação, Cissa disse se sentir em "paz" após brigar pela condenação dos acusados. "Meu sentimento é um alívio, é uma paz que me dá depois de tanta luta, depois de tanta injustiça que eu e minha família vivemos. Demorou mas veio", desabafou, pedindo que o caso sirva como lição para motoristas. "Mais cuidado pelo amor de Deus. Rafael veio mostrar essa luz. É claro que para mim e para minha família é um dia especial, apesar de ser uma dor que não vai nunca embora", disse ao G1 Rio de Janeiro.
Pena maior para o pai O pai recebeu uma condenação maior do que o filho por tentar corromper policiais para livrar a atitude do filho. “O caso vertente retrata não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente desajustadas. Impõe-se uma reflexão sobre o tipo de sociedade que pretendemos para as futuras gerações ou, mais ainda, que tipo de cidadãos somos. Afinal é essa uma das dificuldades atuais da humanidade no plano da ética. De nada vale o Estado reconhecer a dignidade da pessoa se a conduta de cada indivíduo não se pautar por ela”, relata o magistrado.