Baterista da Legião Urbana, Marcelo Bonfá falou pela primeira vez depois da divulgação, na segunda-feira, do comunicado oficial, emitido em nome dele e do guitarrista Dado Villa-Lobos, sobre a briga na Justiça com Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo. No processo, que já dura oito anos e acaba de chegar ao STJ, em Brasília, será decidido o direito de uso do nome banda.
"Não foi fácil fazer esse comunicado. Explicar o óbvio pode ser mais difícil do que parece. Foi muito trabalhoso chegar a esse resultado. Para eu falar dessas questões, tive que futricar um monte de coisas da minha vida. Tantas mentiras e tantas bobagens foram ditas por pessoas por aí. Aí eu tive que engolir numa boa. A gente esta com uma defesa jurídica muito sã", disse Bonfá, em entrevista à rádio "Kiss FM".
Durante a conversa, Marcelo Bonfá deixou claro que "não quer falar mal de ninguém", mas afirmou que o outro lado "nunca esteve aberto para o diálogo".
"O juiz da instância do Rio de Janeiro chamou a gente, ele queria ouvir a mim e ao Dado. Ele (Giuliano Manfredini) não foi e mandou dois advogados. O que eles alegavam é que a gente não sabia administrar nosso legado. Eu disse: 'Cara, a parada é a seguinte. Depois que o Renato faleceu, a gente tem um catálogo e está tudo neste catálogo. Quem quer conhecer nosso trabalho, tem os discos'. Os caras registraram o nome da Legião em tudo que é tipo de quinquilharia, de produto, marcas e patentes, para todo tipo de produto, eletrodomésticos... Quer vender camiseta e diz que é assim que administra o legado. Não é por aí. A gente não quer vender sabonete. Tem minha imagem, minha música, um conceito e um valor ético embutidos. Vai ouvir o disco e depois volta".
Leia o comunicado:
"O Comunicado Oficial postado aqui tem o propósito de expor nossa posição em relação às questões que envolvem a nossa banda LEGIÃO URBANA e a “empresa Legião Urbana Produções”.
A empresa Legião Urbana Produções nunca esteve aberta a diálogos e faz declarações que não condizem com a realidade.
Os interesses e a maneira que a empresa Legião Urbana Produções atua conflitam com os nossos interesses pessoais e profissionais e eles nos atrapalham no exercício de nosso ofício.
Todas as músicas que fizemos para a LEGIÃO URBANA têm por consequência nossa imagem pessoal intrinsicamente vinculada à elas.
Tudo que envolve a LEGIÃO URBANA tem seu valor vinculado ao trabalho realizado por nós da banda.
Tão logo o Renato faleceu em 1996 nos deparamos com as ações agressivas da empresa Legião Urbana Produções no intuito de se beneficiarem do patrimônio criado por nós.
A Legião Urbana Produções tenta agora impedir a decisão Judicial que nos reconhece o direto de uso do nome que construímos e também cobra de nós participação econômica do nosso trabalho artístico no ramo do showbusiness , sem ter investido um centavo ou qualquer energia que não fosse a contrária à realização destes trabalhos.
Eu não quero e não posso mais continuar me relacionando com meu amigo e parceiro Dado simplesmente através dos problemas causados pela empresa Legião Urbana Produções que atualmente é gerenciada por Giulliano Manfredini".
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Redação iBahia
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