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Ordem dos blocos de Claudia Leitte e Timbalada vai para a Justiça

Confusão ameaça lugar de Largadinho no horário nobre do circuito Dodô e Conselho do Carnaval cria brecha para novo bloco de Claudia Leitte

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06/02/2013 às 9:30 • Atualizada em 02/09/2022 às 6:42 - há XX semanas
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Mesmo antes do início do Carnaval, o empurra-empur ra no bloco Largadinho, comandando pela cantora Claudia Leitte, já começou. O motivo da confusão é o lugar na fila de trios no circuito Dodô (Barra-Ondina) que seria ocupado pelo novo bloco da Loira e que pertence ao bloco Broder. Os sócios da ED Dez Produções e Promoções, responsaveis pelo Broder, Ivana Maturino Solon e o ex-jogador Edilson Ferreira, o Capetinha, que ainda são casados, juntaram ao processo de divórcio uma outra briga. Ivana acusa Capetinha de estelionato por ter comercializado o espaço com Claudia Leitte, mesmo já havendo um acordo firmado, até 2014, com a produtora da Timbalada, sem o consentimento dela. Uma decisão do Plantão Judiciário acatou o pedido de liminar solicitado por Ivana para o cancelamento do contrato com a produtora de Cláudia Leitte. Mas ontem o desembargador da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), José Olegário Monção Caldas, derrubou a liminar, considerando que “haveriam de ser contabilizados apenas prejuízos in casu, porque o bloco ‘Broder-Largadinho’ além de frustrar milhares de foliões (adquirentes do ‘abadá’), repercutirá no povo carnavalesco (‘pipoca’) e retirará de centenas de trabalhadores envolvidos, desde o cordeiro ao músico, o tão esperado ganho da época da considerada maior folia de rua do mundo”, diz a sentença. Mas antes da decisão, o Diário Oficial do Município de Salvador trouxe, na edição de ontem, uma resolução do Conselho do Carnaval (Concar) que determina a inclusão do Largadinho na fila com saída logo após ao espaço reservado à produtora ED Dez. Com a decisão do Concar, a advogada que representa Ivana, Alessandra Schurig, pediu à Justiça a “perda do objeto (por não haver mais a disputa do espaço)” da decisão da ação, considerando que um espaço já foi reservado para o Largadinho. A perda do objeto, para o desembargador, se dá pelo fato de não haver por parte da Timbalada (Bloco Jumper, com quem o contrato foi assinado) nenhuma reivindicação pelo espaço, estando a Timbalada na programação do Barra-Ondina em outros horários e dias.
A assessoria de imprensa da Timbalada não localizou quem pudesse se posicionar sobre o caso. O presidende do Concar, Pedro Costa, afirmou que a criação da vaga foi discutida pelo conselho de ética da instituição: “Havia uma junção entre o Broder e o Largadinho e fomos surpreendidos, às vésperas do Carnaval, com essa liminar. Considerando uma artista como Claudinha Leitte, com abadá na rua, com contrato com patrocinador, discutimos o pedido que foi feito pela Associação de Blocos do Barra para, em uma excepcionalidade, incluir o bloco Largadinho no circuito”. Costa lembra ainda que é proibido pelo Concar a venda de espaço, sendo permitido apenas a junação de blocos. “O Broder como outros blocos estão sendo investigados pelo conselho e tomaremos medidas para coibir esse tipo de postura. A venda é considerado algo grave e pode implicar na perda do espaço. Inclusive, assim que terminar este Carnaval, o conselho pretende discutir o fim até das junções para coibir esse tipo de prática“, diz o presidente. A advogada de Ivana, Alessandra Schurig, garante que abrirá um notícia crime no Ministério Público para a responsabilização penal de Capetinha. Ivana se diz detentora de 99% das ações da ED Dez, o que é questionado pelo desembargador, em sua decisão, que diz ter havido uma mudança na sociedade, tornando Edílson, junto com o sócio Gleidson Falk Santiago Ferreira, sócios majoritários. O ex-jogador não atendeu as ligações da reportagem para comentar o caso. Alessandra diz que, desde agosto, a produtora de Claudia Leitte foi notificada do problema com o contrato. “Ivana é contra a negociação do espaço e está fechando com um trio independente com o cantor Silvano Salles para sair sem corda no lugar que é do Broder”, afirma. Através de sua assessoria, a produção do Largadinho limitou-se afirmar que o bloco “está totalmente habilitado pela Saltur, assegurado no domingo, segunda e terça de Carnaval”. Na Paraíba, o Largadinho também enfrenta problemas com a Justiça. Previsto para sair na sexta-feira de Carnaval, a Promotoria de Justiça pede o embargo do bloco, por falta de vistoria. Matéria original: Correio 24 Horas Ordem de desfile dos blocos de Claudia Leitte e Timbalada vai parar na Justiça

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